O fim da picada…!

A reação de Maria Luís Albuquerque ao relatório do Tribunal de Contas sobre a CGD é o exemplo acabado de como é impossível ocultar para sempre a verdade. E a verdade era bem mesquinha. Uma ‘privatização de facto’ da CGD tecida à volta de números e circunstâncias fabricados para o efeito.

Ao não exercer um rigoroso escrutínio sobre as empresas públicas, entre elas, a CGD, o Governo em que Maria Luís Albuquerque exerceu funções de responsabilidade nesta área ‘delegou’ a fiscalização a auditorias encomendadas link e a partir daí lavar as mãos...
É o transcendental ‘outsourcing’ dos neoliberais, resultante do axioma de que tudo o que é privado é bom e o público mau ou pelo menos dispensável.
 
É óbvio que todas as questões relativas ao banco público devem ser transparentes. A recente insistência da Direita sobre esta inevitabilidade só mostra as culpas no cartório. A transparência deve estar presente em tudo, fundamentalmente, na gestão de dinheiros públicos. Todavia, existe hoje a clara noção de que não foi assim.
 
Um dos problemas que pode estar acoplado a esta criminosa displicência sobre as contas do exercício da CGD entre 2013 e 15 pode ser a manipulação sobre uma tal ‘saída limpa’ do famigerado programa de 'resgate' que motivou abundantes festejos da anterior coligação governamental.
Espero que um dia os portugueses não sejam acusados de terem ‘trabalhado’ as contas do apelidado 'resgate' e debaixo do tapete não se venha a encontrar o habitual lixo com a marca Goldman Sachs.
 
Como, por outro lado, seria bom que os problemas de insolvência do BANIF e as imparidades da CGD não venham ser ‘trabalhados’ pela Arrow Global que a ex-ministra das Finanças é uma das administradoras não-executivas.
 
Porque, então, podemos ser tentados a usar uma conhecida expressão bélica: é o fim da picada!

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