Autocrítica ou recado do PSD?

"Ao fim de quatro décadas de democracia, os agentes políticos devem compreender, de uma vez por todas, que a necessidade de compromissos interpartidários é intrínseca ao nosso sistema político e que os portugueses não se reveem em formas de intervenção que fomentam o conflito e a crispação e que colocam os interesses partidários de ocasião acima do superior interesse nacional", afirmou o chefe de Estado na sessão solene do 25 de Abril, na Assembleia da República.

Comentários

e-pá! disse…
Há outras hipóteses:

A mediocridade da intervenção do PR na AR pode ser mais uma revelação da incapacidade política de um homem que foi guindado para o cargo que ocupa num intimo repasto realizado numa opulenta residência em Cascais promovida pelo 'ex-dono disto tudo'.

A esta mediocridade - cada vez mais notória e evidente - associa-se o obsessivo apelo aos 'compromissos interpartidários' indiciador da existência de uma agenda revisionista da Direita portuguesa preconizando o regresso a um 'democracia corporativa', que para se implantar, necessita de uma 'União Nacional'.

Portanto, ontem, o discurso presidencial poderá não ter sido só mais um episódio da prossecução do apoio político a esta maioria, como um artifício para a 'consolidação do ajustamento' ( bandeira eleitoral da ãctual maioria) mas a promoção de um 'centrão' que ficaria encarregue de continuar as políticas austeritárias, apesar das eleições.
Simultaneamente, levanta-se a suspeita de que, se o compromisso falhasse, deveria surgir um acordo em nome do 'superior interesse nacional' (onde e quando já ouvimos estes lancinantes apelos?).

Logo, o amago da proposta reciclada ontem pelo PR na AR tem laivos de não querer ficar pelo enviesamento democrático do espirito de Abril, que muitos portugueses já 'toparam', mas aponta subterraneamente para uma eventual alteração de regime.
O que é de uma gravidade extrema.

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