A União Europeia vai de vitória em vitória

No mesmo dia, hoje, o Eurogrupo elogia Portugal, aceitando um pagamento antecipado ao FMI, e faz um ultimato à Grécia dizendo, em substância, que está disposto a discutir tud,o desde que se submeta ao que lhe impõem. Não é só a Grécia que fica sem saída, é o futuro da União Europeia que fica comprometido.

Quanto a Portugal, numa clara manobra de apoio eleitoral, o elogio é o preço da traição e da cumplicidade com o diretório da UE. Em 2014 o investimento estrangeiro baixou 23%, a balança de transações correntes, apesar do aumento das exportações, agravou-se e a dívida soberana aumentou.

Os elogios são os trinta dinheiros do entusiasmo com que venderam a Grécia e que não custam dinheiro. A fatura ficará para o Governo que vier e a que a União Europeia fará o que fez ao Syriza.

Comentários

e-pá! disse…
A tenacidade com que o Eurogrupo se agarra ao programa de austeridade aplicado na Europa do Sul só é compaginável com a necessidade de, a todo o custo, alongar o caminho desastre porque o trágico desenlace que se prevê não será compartilhado de igual modo por todos.
Cada dia que passa torna-se notório e indesmentível que os défices de uns são (coincidem com...) os superavits de outros.

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