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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

2015 e a Batalha de Kobani: os curdos, os fundamentalistas islâmicos e os ‘instintos’ ocidentais…

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(Imagem da Batalha de Kobani) Hoje, com o Mundo em trânsito para um Ano Novo, longe dos lares onde festejamos para desejar um melhor provir, uma comunidade curda, na área de transição entre o Médio Oriente e a Europa, tem outra ‘ocupação’. Luta pela defesa sua cidade – Kobani , no Curdistão sírio. Num mundo conturbado por conflitos regionais e locais e inundado por 'tacticismos' que pretendem escamotear hipocrisias e interesses, os curdos estão a lutar heroicamente contra o Estado Islâmico (porque este é o inimigo do momento). Ou melhor, mais do que heróis voltam a ser mártires. A resistência nessa pequena cidade curda (encravada na Síria) desempenha um importante capítulo da sobrevivência dos curdos enquanto povo perseguido e ostracizado pela comunidade internacional.   No meio deste infortúnio os curdos são a ‘ carne para canhão ’ para um Ocidente que decidiu colaborar sem ‘ assentar as botas no terreno ’. E são também, numa visão de proximidade, o braço esco

NÚMEROS

«280.557 MILHÕES – Dívida pública real imparável – Há uma dívida pública oficial, que ronda os 225.175 milhões de euros em outubro (129% do PIB), mas depois há a outra, cerca de 45,5 mil milhões devidos pelo universo das empresas públicas. Um problema grave à luz do pacto europeu».  (in DN – 29-12-2014) Perguntas: - Quem acredita no cumprimento do pacto? - O que pretendem os que fingem que acreditam, credores e devedores?

Notas Soltas - dezembro de 2014

1.º de Dezembro – Só a incultura e ausência de patriotismo poderiam ter eliminado esta data identitária do calendário dos feriados. Voltará, após o ausência dos que ignoraram a História e os sentimentos dos portugueses. Ramalho Eanes – O ex-PR, que exerceu bem o cargo, para que não fora preparado, deu uma entrevista à RTP onde, com a sua indiscutível seriedade, se distanciou do atual PR, que pretende manter o Governo indiferente ao calendário do OE-2015. Mário Soares – Nunca um homem com tantos defeitos foi tão grande. Culto, corajoso e cosmopolita, é a grande referência desta segunda República. O degredo e as prisões não quebraram o ânimo de quem, aos 90 anos, conserva invejáveis a lucidez e a coragem. CIA – Com anos de atraso, conhecemos sevícias, violência e gratuita prática de crimes que a lei internacional e a consciência humana repudiam. O mais poderoso país terá de redimir-se dos exemplos que o envergonham. EUA – A pena de morte não é apenas uma injustiça e crime leg

Grécia

Durante cinco anos a União Europeia lançou o pânico e a miséria nas famílias gregas. Agora, pelo menos até 25 de janeiro, a democracia grega apavora a Europa. O partido Syriza, liderado por Tsypras, não é desejado pela Sr.ª Merkel e, talvez por isso, seja o favorito. Espero que a UE não tenham um coronel à espera de corrigir a democracia porque caminha pelo lado errado do capitalismo liberal. Estes biltres ultraliberais são vingativos e os únicos valores que respeitam são os que se guardam nos cofres de um banco ou se evadem para um offshore.

A entrevista de Guterres ao Público

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A entrevista ao Público é um exemplo de carácter, inteligência e cultura de que só um homem solidário e generoso é capaz. Qualquer comparação é ofensiva para o grande vulto desta segunda República e personalidade de dimensão internacional. A entrevista de um homem de carácter .

Madeira: a sucessão e o provável dilúvio…

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Alberto João Jardim (AJJ) permaneceu quase 4 decénios na presidência do Governo Regional da Madeira e como líder do PSD/Madeira. Retira-se envolvido em acusações de despesismo, como ‘ pai ’ de uma enorme dívida para a Região e com a ameaça ao seu ‘ reinad o’ que foram os resultados das últimas eleições autárquicas. Ao fim desta longuíssima permanência no comando do PSD/Madeira seria natural que tivesse preparado e indiciado um sucessor. Preferiu dividir para reinar sem incómodos (oposições). E, neste momento, o eleito é alguém que pertenceu ao seu restrito círculo mas que saíu desse núcleo zangado e desiludido.  Miguel Albuquerque foi presidente da Câmara do Funchal tendo abandonado este cargo na qualidade de ‘ dinossauro ineligível ’. O novo líder do PSD/Madeira quererá distanciar-se do consulado de Alberto João Jardim, dentro da velha tradição do PSD de se renovar das cinzas (uma Fenix partidária).  A herança é pesada porque deriva dos métodos caciqueiros de exerc

A UE e o novo desafio grego…

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A Grécia está obrigada, após o insucesso de uma 3ª votação para a eleição presidencial, a fazer um interregno no negro e difícil ciclo de resgate financeiro para ir a eleições e clarificar as suas políticas. É cedo para anunciar vencedores e vencidos mas a campanha-relâmpago que vai iniciar-se trará obrigatoriamente para o terreno a discussão sobre o modelo e os resultados de uma intervenção externa sobre um País, um povo e uma sociedade. Esperemos que o terror (da dívida), os medos (das incertezas e da bancarrota) e as chantagens (dos mercados) sejam arredados dessa discussão. Finalmente, as severas políticas de austeridade vão ser julgadas nas urnas depois de terem sido, anos a fio, impostas por sucessivos Conselhos Europeus, onde os Países mais débeis e periféricos pouca ou nenhuma voz têm. Cometeram-se, na Europa, desde o início do presente século clamorosos erros políticos, económicos e financeiros que colocaram importantes e decisivos desafios aos Países europeus

Homenagem ao almirante Vítor Crespo por Martins Guerreiro

Vítor Crespo, um herói de Abril e um cidadão exemplar Há quem não merecendo a Pátria que lhe coube sinta sobejar-lhe o desprezo que os compatriotas lhe devotam. Num país em que o PR e o PM ignoraram a morte do almirante Vítor Crespo, sintamo-nos redimidos pela homenagem que lhe prestou o seu camarada Martins Guerreiro. DESPEDIDA  /  ÚLTIMA VIAGEM – Homenagem de Martins Guerreiro ao seu camarada almirante Vítor Crespo – «O Almirante Vítor Crespo partiu para a viagem sem regresso. Navega agora por outros mares deixando-nos uma esteira luminosa que nos ajudará a escolher o rumo certo e  será uma referência para os vindouros. Nos anos 70 Vitor Crespo foi para nós, jovens oficiais da Armada, o camarada mais antigo, o comandante que respeitámos, mesmo quando dele discordámos. A sua coragem e determinação foram da maior importância para a participação da Marinha no 25 de Abril. Oficial de Marinha "até à raiz dos cabelos", militar íntegro, cidadão de

Os monoteísmos e a violência

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As religiões provaram ao longo dos séculos a sua nocividade e falsidade, sobrevivendo através dos interesses instalados e de constrangimentos provocados. Os sistemas criados mantêm os povos na sujeição do clero e a intoxicação começa à nascença. Os monoteísmos distinguiram-se pela sua intolerância e inquinaram as sociedades onde se consolidaram. Nem a modernidade os conseguiu implodir. De um livro da Idade do Bronze, o Antigo Testamento, de matriz hebraica, surgiu o judaísmo cujos seguidores residuais (cerca de 18 milhões) ainda creem na Conservatória do Registo Celeste, onde estará guardada a escritura que lhes garante direitos imprescritíveis sobre a Palestina. Paulo de Tarso fez a única cisão bem conseguida do judaísmo, criando a primeira seita de vocação global, que o Imperador Constantino imporia com inaudita violência como a religião do Império Romano, a que serviu de cimento. O catolicismo romano só viria a reconhecer a liberdade religiosa na década de sessenta do século

Entrevista de Guilherme Silva ao DN

O emissário e cúmplice de Alberto João Jardim deu hoje uma entrevista de duas páginas ao DN (pág. 4 e 5), num misto de agradecimento ao benfeitor e explorador de um lugar para o reformado madeirense, com  o fígado e o prestígio finalmente desfeitos. Guilherme Silva (GS) é o bombeiro de serviço da Região Autónoma e uma espécie de veículo limpa-neves a tentar desimpedir o caminho para um ofício para o protetor de longa data. Quando afirma que  AJJ «tem capacidade para qualquer cargo do Estado», não faz uma afirmação gratuita, é uma encomenda bem paga com o estipêndio mensal de consultor do Governo Regional da Madeira, antiga sinecura que o amigo pratica generosamente com os dinheiros públicos. Aliás, se Passos Coelho serve de bitola, Jardim podia ocupar qualquer cargo sem fazer pior figura. Quando se tem no partido um tal exemplo é fácil adivinhar qualidades. Só um homem tão dedicado ao trabalho, como Alberto João Jardim à poncha, consegue, aos 71 anos, ser vice-presidente da AR,

Breve remoque ao Sr. Primeiro-ministro nesta quadra e para além dela…

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Tive sérias dúvidas no encaminhamento e denominação a dar a este remoque. Trata-se como uma legitima reacção (de indignação e de enfado) às tradicionais ' lengas-lengas mensageiras ’ que infestam este período. Hesitei quanto à formalidade de este ser dirigida ao cargo institucional que (ainda) exerce, ao chefe de um partido ou ao cidadão Pedro. Se, na verdade, o último endereço possibilitaria um maior desbrago e abertura das minhas opiniões e posições permitindo o recurso ao coloquial ‘ tu cá-tu lá ’ é certo e sabido que o cerne das questões que informam esta forma de expressão deverá ser, objectivamente, o exercício institucional. Esta confusão instalou-se porque ninguém percebeu em que qualidade falou o mensageiro Pedro Passos Coelho. Se enquanto primeiro-ministro, se no papel de presidente do PSD, se enquanto cidadão nacional. Esta ‘ mistura ’ é reveladora do ponto a que chegamos da promiscuidade político-partidária. A frase-chave da mensagem natalícia é um lancinante a

Propaganda eleitoral

«Este será o primeiro Natal desde há muitos anos em que os portugueses não terão a acumulação de nuvens negras no seu  horizonte. Houve muita coisa que mudou». (Mensagem de Natal de Pedro Passos Coelho, ajudante de meteorologista, no tempo de antena do PSD)

O Governo, a TAP e o País

A obsessão ideológica deste Governo, com notário privativo e devoto na pessoa do PR, jamais visou o interesse público. A privatização da EDP e dos CTT mostraram como os interesses do País e dos trabalhadores foram exonerados dos planos de alienação. Podia referir-se a Galp, a ANA e outras empresas públicas que, por inépcia ou maldade, nos arrastam num infindável 11 de março de 1975, de sinal contrário e piores desígnios, onde não houve um módico de patriotismo ou ponderação de interesses estratégicos. A pressa da alienação da TAP precipitou os sindicatos numa greve justa cuja data pode ter sido infeliz e beneficiado um Governo cuja exibição de força acabou por jogar a seu favor, mas a defesa do interesse nacional foi notória na maioria dos sindicatos. O Governo odeia a CRP e quaisquer direitos aí consagrados, julgando que a eleição lhe permite desmantelar o Estado nos quatro anos em que, um dia saber-se-á porquê, o PSD conseguiu manter reféns o PR e o CDS. A venda da TAP, sobre

Um inoportuno mensageiro...

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O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, é um político da 'velha guarda' que tem navegado entre as 'gaffes' (algumas graves) e a mediania das prestações. Resolveu, tardiamente, intrometer-se na política. Aparece, através da Lusa, a endereçar uma mensagem de Natal - aparentemente sem destinatário definido - onde apela à "classe política para que garanta o 'escrupuloso respeito pelos sacrifícios feitos pelos portugueses' no 'caminho de consolidação' que o país tem "pela frente" . Ninguém lhe reconhece autoridade, quer institucional, quer ao nível partidário, para pisar os terrenos (armadilhados) por onde resolveu deambular. O tema dos ' sacrifícios que valeram a pena' é demasiado pantanoso (e 'eleiçoeiro') para ser invocado ao desbarato. Na realidade, o reconhecimento da existência de pesados sacrifícios por parte dos portugueses para superar os problemas levantados pela resposta deste Governo à cri

A Natividade de Hórus

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Natal

Em meados do século XX o Natal era oportunidade para reunir as famílias. Os ausentes voltavam todos os anos à aldeia de origem, nas carruagens de 3.ª classe de comboios apinhados de pessoas e cabazes, com odores a que se resignavam as pituitárias de então. Através do vidro partido, ou da janela avariada, o ar gélido entrava nas carruagens e nos corpos. Os passageiros partilhavam a vida e as merendas nas penosas e longas viagens de pára-arranca. Os Senhores Passageiros precisavam de embarcar, ou de desembarcar, e a máquina a vapor, de abastecer de carvão a fornalha e de água a caldeira. Às vezes o comboio parava nas subidas para que a caldeira ganhasse pressão e pudesse rebocar o peso acrescido que deslocava. Entre Lisboa e a Guarda era normal um atraso de duas ou três horas, pela Beira Alta, e mais ainda pela Beira Baixa. Nas estações e apeadeiros esperavam bestas e pessoas, impacientes e enregeladas. À chegada do comboio havia abraços, ternos e demorados, e lágrimas de alegria.

UE: da ausência de ‘gratidão’ a um Governo servil ao ultraje aos portugueses…

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O relatório de Bruxelas sobre a situação de Portugal depois de – formalmente e não de facto - findo o PAEF, melhor dizendo o intolerável ‘raspanete’ ditado pela Comissão Europeia e BCE, mostra à saciedade em que sarilho estamos metidos. Para além das diatribes sobre o salário mínimo que não merecem resposta link , porque revelam a grave esquizofrenia à volta de um 'redentor' empobrecimento dos portugueses,  a CE não se coibiu de lançar outros e diversos avisos link . Grande parte do relatório assenta em análises enviesadas por um pessimismo confrangedor em redor das fragilidades do crescimento económico e, noutros parâmetros, ameaça com uma nova crise da ‘dívida’. Neste campo, contraria, em absoluto, a propaganda do actual Governo que jura a pés juntos existir um crescimento sustentável e que a divida é pagável (e não necessita de reestruturações). O documento de Bruxelas é um longo repositório de mais medidas de austeridade a que chama eufemisticamente ‘reformas

De mal a pior

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É o tempo de ser bom

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O frio chegou, intenso e persistente, a causticar os pobres, os sem-abrigo e todos os que não podem beneficiar da queda abrupta dos preços dos combustíveis. O País atingiu um estado de desânimo que a decadência ética e a mediocridade dos governantes acentua. Há lares onde a magra pensão dos velhos é o arrimo dos mais novos varridos na onda de desemprego para a miséria e a desolação. Noutros, vivem-se os dramas que a violência e a adversidade transportam. Em todos se antecipa a ansiedade da borrasca que aí vem. É tempo de ser bom, de fazer um intervalo no desespero, de gozar a pausa de uma sopa quente e do suave encanto dos afetos que afloram depois de prolongadas ausências, mas a chaga do desemprego não se esvai, os tempos que se abeiram não anunciam melhorias e o empobrecimento é o futuro que ameaça eternizar-se. Este é um período triste numa Europa que perdeu o sentido da união e da solidariedade, um lapso de tempo em que Portugal se tornou mais periférico e empobreceu, quand

Turquia ao encontro dos Irmãos Muçulmanos

Há vários anos, enquanto Bush armava o maior exército da NATO e chamava moderado a Erdogan, comecei a afirmar que não há Islão moderado nem religiões moderadas. Há crentes bondosos, solidários e pacíficos mas nenhum credo tem essas virtudes. Erdogan, há anos que defende os assassinos de juízes protetores da laicidade e, quando a correlação de forças lho permitiu, começou a sanear os militares laicos. O Islão, na sua decadência, impõe-se pelo terror que cultiva, pela guerra santa que o Profeta preconiza e pela demência dos que as madraças e as mesquitas intoxicam. O artigo do El País é elucidativo. Aqui ficam as primeiras frases traduzidas : [“O pior é o medo. Toda a gente tem medo na Turquia”, lamentava-se há pouco numa entrevista o prémio Nobel de Literatura Orhan Pamuk. “A liberdade de expressão caiu para o seu nível mais baixo”, denunciava o autor de O museu da inocência, para descrever o clima de ameaça às liberdades civis que reina no seu país perante a perseguição à oposiçã

O último Conselho Europeu e o espectro grego...

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Desconheço qual será a narrativa que Passos Coelho apresentará aos portugueses ao regressar desta última reunião do Conselho Europeu do dia 18 de Dezembro.  Mas, a verdade dos acontecimentos, isto é, o que a Srª. Merkel ‘autorizou’, não é mais do que o 'borregar' do Fundo de Investimentos Estratégicos .  Uma bandeira de Claude Juncker,  actual presidente da Comissão Europeia que segundo a propaganda ‘populista’, para inglês ver (e apresentar ao Parlamento Europeu), e nas contas eleitoralistas, ‘valeriam’ cerca de 315.000 M€ link .  Mais um engodo eleitoral que morre à nascença. Nada que possa aliviar as restritivas regras de austeridade que estão a condicionar o crescimento europeu (à beira de uma nova recessão), ou que flexibilizem as ‘regras fiscais’ (de ‘ouro’) que comandam as políticas orçamentais, obterá o acordo do actual Governo da Alemanha.  Duas das três premissas que o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk colou ao ‘ Plano Juncker ’ dizem respei

Mordem a mão de quem lhes deu o pão

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Antes mal acompanhado do que Sony

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Quando o frio e alienado assassino, aiatola Khomeini, emitiu uma fatwa contra Salman Rushdie e a horda de intoxicados pelo Corão perseguiu e matou editores e livreiros que ousaram publicar e vender o livro «Versículos Satânicos», perduraram na história como devotos criminosos, os primeiros, e os últimos, como mártires da liberdade. Quando as caricaturas de Maomé, o profeta muito amado e pouco recomendável, foram divulgadas, os dementes do costume quiseram assassinar o autor e assaltaram os jornais que, em nome da liberdade, não se deixaram chantagear. Quando se cancela a exibição de uma comédia satírica sobre um complô para assassinar o líder norte-coreano, a figura grotesca cujo penteado é suficiente para levar um cidadão incauto do riso à incontinência urinária; quando basta um grupo de hackers e a ameaça de provocar um novo 11 de setembro em cada sala de cinema que exiba o filme, para que a Sony Pictures se acobarde, assiste-se a uma vergonhosa humilhação perante Kim Jong-un.

20 de dezembro de 1973

Luis Carrero Blanco, era presidente do Governo espanhol e cúmplice do maior genocida de todos os tempos na Península Ibérica. Há 41 anos, saído da missa, bem rezado, comungado e incensado, graças a 100 quilos de Goma-2, colocados pela ETA no túnel dedicadamente construído pela ETA, o carro blindado em que se deslocava foi projetado a uma altura de cinco andares, ficando mais perto do Céu. Na queda, o carro caiu no pátio de um convento. Nunca foi tão santa e desejada a morte de um carrasco.  

Indícios de um anunciado 'cataclismo’…

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O actual Governo não se cansa de apregoar que ao período de austeridade que tanto sacrificios provocou aos portugueses, lançando milhares de cidadãos na miséria, desestruturando e empobrecendo dramaticamente a dita ‘classe média’, extorquindo aos reformados modestas pensões, inundou os cidadãos de impostos ao mesmo tempo que ‘esvaziava’ o Estado Social, deveriam seguir-se ‘tempos gloriosos’ de crescimento económico progressivo e ‘sustentado’… Trata-se de mais um mito que caí. E a prova cabal de que a receita estava errada tornando os sacrifícios inúteis. Os 'indicadores de conjuntura' do Banco de Portugal são extremamente preocupantes link .   Na realidade, o Banco nacional constata que a “ actividade económica afunda para o valor mais baixo desde o Verão de 2013 ”.  Será difícil iludir por mais tempo que estamos a andar para trás e que nada do que foi conseguido é 'estruturante' e sustentável.  As ‘desculpas’ que não tardarão a surgir são previsíveis.

O que o Governo disfarça

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Política internacional e as Caraíbas dos tornados...

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O restabelecimento de relações diplomáticas (e não o fim formal do bloqueio) entre os EUA e Cuba é, aparentemente, uma medida de distensão política regional (nas Caraíbas), no continente americano  e, obviamente, com abundantes reflexos internacionais que surpreenderam o Mundo link . Mais de meio século (52 anos na prática) de afastamento entre os dois países, uma situação eivada de medidas punitivas e de respostas dúbias caiu estrondosamente sob os escombros de variadas evidências liminarmente foram reconhecidas como sendo um falhanço. Existirão várias causas para a escolha deste momento. Uma delas será a próxima Cimeira das Américas a realizar em Abril de 2015, no Panamá, em que o governo anfitrião decidiu convidar Cuba. Este convite colocava a administração em Washington com dificuldades. Os EUA não podem ‘desistir’ do continente americano por fortes razões históricas e estratégicas muito menos num momento em que a supremacia económica ianque está ameaçada noutras partes d

Mariani e a mensagem de Natal

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Mariani era a vivenda de Mari(a) e Aní(bal) um casal algarvio que a tinha batizado com os nomes próprios de cônjuges enlevados e que as vicissitudes da vida levaram a trocar por uma sumptuosa vivenda na Praia da Coelha, numa feliz permuta sem tornas. Tendo o cônjuge masculino do ditoso casal, depois de um jantar em casa de Ricardo Salgado, com os casais Marcelo e Barroso, aceitado candidatar-se a PR, passou a ser o órgão unipessoal da República, com direito a debitar mensagens de Natal. Hoje, a mensagem, cujo conteúdo me escapou, perdido na coreografia conjugal, teve um aspeto inédito. Em vez do PR apareceu o casal presidencial e, a substituir o Comandante Supremo das Forças Armadas, veio a primeira dama, acompanhada do esposo. A recitar a mensagem de Natal estiveram os dois inquilinos de Belém a alternar as falas, atentos às deixas, numa ternurenta aparição, como se fossem dois adereços do presépio. No próximo ano, quem julga o PR incapaz de inovar, assistirá à mensagem de Na

Comentário político e incidências ‘familiares’…

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Comunicado de José Maria Ricciardi sobre a última homilia dominical do comentador Marcelo Rebelo de Sousa: “Eu compreendo que o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa tenha muita mágoa em não poder continuar a passar as suas habituais e luxuosas férias de fim de ano na mansão à beira-mar no Brasil do Dr. Ricardo Salgado, mas essa mágoa não o autoriza a dizer mentiras a meu respeito e do banco a que presido, conforme fez no seu comentário de ontem…" link . Este é mais um pormenor (a ser escrutinado) à volta de eventuais promiscuidades entre o comentário político e relevantes factos (de vária ordem) que vão surgindo à luz do dia neste conturbado período de resolução de problemas políticos, económicos, financeiros e sociais. O cautelar (para o próprio) e ético (para os ouvintes) sistema de ‘declaração de interesses’ não faz caminho em Portugal. No comentário político a ‘organicidade das prestações’ sobrepõe-se a tudo e veste o manto diáfano da seriedade técnica, científica e políti

O urso Maomé e a fauna devota

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«Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa». (Pascal) Há 7 anos, No Sudão, obscuro país onde a fome e a fé dizimam o povo, uma professora de inglês foi condenada a 15 dias de prisão, seguidos de deportação, por ter permitido aos alunos que dessem o nome de Maomé a um urso de peluche, o que foi considerado uma ofensa ao Profeta e não ao urso. Poupou-a às chibatadas a nacionalidade e a intervenção do primeiro-ministro inglês e às balas, a polícia antimotim. Os piedosos sudaneses que se manifestaram, junto ao palácio presidencial, contra a clemência da sentença, queriam vingar a afronta ao Profeta à saída das orações de sexta-feira, excelentes para estimular a violência. Desiludiram-se os crentes, por terem sido impedidos de linchar a professora. Estavam munidos de paus, facas e machados e só ansiavam por dar público testemunho da sua fé e agradarem ao seu Deus. Há quem pense que a demência mística é mera manifestação trib

A morte de Vítor Crespo

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Morrem os bravos, ficam os bárbaros. Um a um, os heróis de Abril vão perecendo e Portugal fica mais pobre, carecido de referências, entregue à comissão liquidatária que escondeu a agenda ideológica durante a campanha eleitoral. Vão-se os bravos e ficam a uivar os lobos nesta melancólica quadra em que os próximos voos da TAP são de aves migratórias que não regressam mais, obrigadas a levantar voo, expulsas do seu habitat. Como o crocodilo, ficam a voar baixinho os membros da comissão liquidatária do país que nunca sentiram seu. Falam grosso, como se as polícias estivessem ao seu serviço, o poder fosse um direito e a governação uma viagem ao passado. Vítor Crespo foi um dos melhores. Vai a sepultar enquanto ficam os que nos enterram e preparam campanhas sujas para se perpetuarem. Em Abril, Vítor Crespo estava na Pontinha, depois esteve na transição da independência de Moçambique e continuou a servir Portugal sem se servir da Pátria que amou. A mágoa pela perda de um herói

Relações entre Cuba e EUA

A abertura das relações entre Cuba e os EUA é uma vitória do pragmatismo e do bom senso, uma decisão que enobrece Obama, o fim de uma medida injusta acicatada pelo ódio dos exilados de Miami. Como foi possível castigar o povo cubano por causa do seu regime quando as relações com a Arábia Saudita permanecem? A alteração das relações não significa o fim definitivo, nem sequer o termo do boicote, porque  obriga a que as duas câmaras, Senado e Câmara dos Representantes, declarem o fim do bloqueio, ao que os Republicanos, maioritários nas duas Câmaras, se opõem. Obama pode, no entanto, através de decisões executivas, aliviar a violência do bloqueio e tornar menos penosas as condições de vida em Cuba. Seria injusto não manifestar regozijo por esta decisão, saudando Obama, Raul Castro e o Papa Francisco que compreendeu e intercedeu pelo fim do drama que tem dilacerado o povo de um país do continente americano. Deixo outras leituras a quem se move por catecismos rígidos e preconceito

O islamismo, a laicidade e a democracia

Sendo ateu, é natural que considere falsas todas as religiões e que, segundo os diversos momentos históricos, avalie o grau de nocividade e perigosidade de cada uma. Hoje, a mais nociva e perigosa é, na minha opinião, a islâmica. ‘Segundo um estudo efetuado pela cadeia televisiva BBC e do King’s College London, divulgado esta sexta-feira, 12 de dezembro, e citado pela revista Fátima Missionária , só em novembro os radicais islâmicos mataram mais de 5.000 mil pessoas e, segundo os investigadores, verificaram-se 664 ataques, em 14 países, que provocaram uma média diária de 168 vítimas mortais, ou seja, sete por hora’. Não gosto que matem cristãos, muçulmanos, judeus, animistas, budistas, hinduístas, ateus ou quaisquer outros crentes ou livres-pensadores. Não gosto de assassinatos e ferem-me especialmente os cometidos por ódio sectário e xenófobo. A metódica intoxicação nas madraças e o apelo ao ódio e à guerra santa nas mesquitas não é propaganda religiosa, é incitamento ao terrori

Ódio divino à cultura - Imagens

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Ódio divino à cultura

Os grupos fundamentalistas visam, no ódio cego à cultura que liberta, a morte dos que gostam de aprender. As escolas são o palco predileto de atentados, como a escola em Peshawar, onde mais de 140 pessoas, na maioria alunos, foram esta terça-feira mortas por um comando talibã. Foi uma larga centena de pessoas anónimas que não sobreviveram, impedidas de saber mais do que o Corão aconselha, de abrir as mentes à cultura e à sabedoria, de aspirar à emancipação e à fruição dos direitos individuais. É a vingança contra cada Malala que escapa, cada mulher que se liberta e cada vida que os fanáticos não controlam. Há idiotas úteis debitam lugares-comuns, que não são terroristas todos os muçulmanos, que são minoritários os criminosos, mas não veem que é terrorista o Corão, perigosas as madraças e instigadoras de ódio as mesquitas? Não viram a alegria que percorreu as ruas islâmicas após a queda das Torres Gémeas de Nova Iorque ou do massacre de Atocha? Esquecem-se 1.200 reféns de Ossétia

Amigo de uma Escola amiga

Hoje, um Agrupamento de Escolas, do distrito de Coimbra, honrou-me com a inclusão no grupo dos seus amigos, numa cerimónia a que motivos de ordem pessoal me impediram de comparecer. Agradeço a quem teve semelhante generosidade para com um cidadão que está sempre disponível para colaborar. Sem qualquer título académico, castrense, nobiliárquico ou eclesiástico, nem sequer uma venera, é uma honra que me desvanece. Aqui fica o currículo enviado. Nascimento: janeiro/1943 Profissão: professor do ensino primário, o que gostaria de ter sido toda a vida, mas, ao fim de 3652 dias, porque de pão também vive o homem, fui agente comercial, delegado de informação médica e chefe de secção de uma multinacional farmacêutica. Atividades cívicas e políticas: - Filho de uma professora que teve de pedir autorização ao ministro da Educação para casar com o meu pai, funcionário de finanças, conheci a descriminação das mulheres a quem eram vedadas a magistratura, a carreira diplomática, as Forças

A violência doméstica e os animais selvagens

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Este crime silencioso não é exclusivo dos homens mas pertence-lhes o maior quinhão. É a velha prática que a sociedade, a Igreja, a família e as próprias vítimas consentiram, um hábito a que não faltava o pérfido adágio: «entre marido e mulher não metas a colher». Quantas feridas, no corpo e na alma, quanta vergonha escondida com desculpas pueris, quanta violência reproduzida através dos filhos de cujos gritos e espetáculo se tornaram reprodutores! A morte às mãos de um facínora que não controla o ciúme, que esquece o amor que um dia o arrebatou e o respeito constante que devia, é o retrato de uma sociedade medieval que recusa a modernidade sem longos estágios no cárcere. A quantidade de mulheres agredidas, física e moralmente, humilhadas e assassinadas, é uma tragédia recorrente, perante a indiferença de quem esquece a mãe, irmãs e filhas, de quem não sublima instintos primários e faz da violência a catarse das suas frustrações. A quotidiana divulgação da brutalidade a que a