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A mostrar mensagens de outubro, 2014

As Forças Armadas Portuguesas e as da Rússia

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Depois da compra de dois submarinos, ainda não tinham chegado os veículos, só as comissões, e já um poderoso barco armado de pílulas abortivas era obrigado a retirar das costas da Figueira da Foz. Agora foi a vez da Rússia que, com a NATO à beira de um ataque de nervos, enfrentada por aviões portugueses meteu os caças entre as nuvens e deu às de Vila-Diogo. Desde Aljubarrota que uma vitória, em desigualdade de forças, não era tão arrasadora. O antigo Condestável Paulo Portas, à semelhança do homólogo Nuno Álvares Pereira, aguarda agora a defunção e dois milagres para o seguir na elevação aos altares.

Homenagem a Durão Barroso

A Comissão Europeia devia ter prolongado o segundo mandato de Durão Barroso em mais dois dias. Sempre saía no dia dos mortos e a condecoração com que o PR o espera podia ser outorgada na morgue. Há coisa mais bonita do que um peito cheio de veneras num corpo em decúbito dorsal?

Ainda me indigno...

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Numa época em que a fome, a vergonha e o desespero atingem o país, há naturalmente quem acalente rancores e desejos de vingança. Os políticos deixam de ser julgados pelos eleitores e são expostos no pelourinho da opinião pública por uma turba incapaz da uma reflexão crítica mas capaz de exigir o linchamento do adversário. Acusam-se as leis de brandura e os advogados de manobras na defesa dos constituintes. Uma calúnia sobre um adversário é uma certeza que se jura mas não se aposta. É fácil a acusação sem provas e o ódio por razões sectárias. Os meus excessos, não sou diferente de outros, provocaram-me hoje um sobressalto. Há mais de dois anos e meio que um jovem de 29 anos, estudante, está preso, em Paços de Ferreira, a cumprir 20 anos de pena, reduzidos a 12 pela Relação, por homicídio de uma tia, de 73 anos. A reconstituição do crime e a confissão do arguido à polícia motivaram a condenação. Segundo o DN, o ora presidiário, alegou, perante o juiz que o ouviu, que a PJ o coagiu

Momento zen de quarta_ 29_10_2014

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O inefável João César das Neves (JCN), na última homilia, «Exterminador Implacável », foi buscar um dos pecados mortais – o orgulho –, considerado por Evágrio Pôntico, um monge escritor e asceta do séc. IV, era vulgar, como muito ruim. JCN não refere o autor pio nem o método usado para medir o orgulho e a sua gravidade relativa, mas segue-o na severidade que atribui a tão grave pecado, capaz de despachar a alma do orgulhoso, em grande velocidade, para as profundezas do Inferno. Na sua exegese, o orgulho é «maleita muito pior do que o ébola, o cancro ou diarreia». Comparar a diarreia ao ébola é porque teme a primeira, apesar de ser nele frequente, e não faz ideia do que é o segundo, mas em pecados o especialista é JCN. O devoto perora sobre os 7 pecados capitais, que algum papa recente já passou a 8, com a desenvoltura com que debita orações ou aperta o cilício, e recorre a santos doutores na defesa da gravidade do ‘orgulho’ cuja cultura pia lhe permite chamar também ‘soberba’.

O infantilóide apontar do dedo…

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Hoje, o primeiro-ministro afirmou: “ O debate mais infantil a que tenho assistido desde o início da crise da dívida é o debate sobre o crescimento e a austeridade. Ele tenta resolver [um problema] – como é próprio das crianças – apresentando um desejo sem atender à realidade. ” link … E pensavam os portugueses que a maior infantilidade dos últimos tempos tinham sido as explicações de Passos Coelho, perante o Parlamento, sobre as suas graciosas prestações para a Tecnoforma e o Centro Português para a Cooperação. Esta, sim, foi a incrível história da carochinha à mistura com aquela outra do Ali-Babá…

O novo mandato de Dilma e a confusão reinante …

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  Dilma Rousseff a presidente do Brasil eleita para o novo mandato tem pela frente aquilo a que se chamam ‘trabalhos ciclópicos’. Na verdade, não vai governar – porque as regras da democracia brasileira não o permitem – segundo o programa que apresentou aos brasileiros na campanha eleitoral. Vai, quando muito, coordenar – ‘presidir’ - uma multidão de forças políticas que integram o vasto ‘ arco da governação ’, sediado em Brasília.   Os acordos de incidência governativa envolvem mais de uma dúzia de formações partidárias. Concretamente, o real suporte parlamentar oriundo do PT ao Governo, que Dilma preside no Palácio do Planalto, representa cerca de 13% dos lugares numa Câmara com 513 deputados federais.  Brasília está envolta, foi apoderada, por uma ‘ babel partidária ’ onde os apoios parlamentares a projectos de lei ou outras resoluções políticas têm de ser negociados primeiro de deputado a deputado e depois, noutro patamar, de senador a senador. Considerada a frieza dos

Reflexão

Há numerosos portugueses preocupados com a reeleição de Dilma Roussef. Temem que a permanência do Partido dos Trabalhadores, no poder durante 16 anos, seja um período demasiado longo de um só partido a ocupar presidência… do Brasil. Curiosamente estas preocupações, aliás legítimas, partem de quem nunca se manifestou contra a mais longa ditadura europeia pelo mesmo esbirro – Salazar. E nem se dão conta de que consentiram que a lei permitisse a Alberto João Jardim levar já 36 anos de contínuo poder na Madeira, sendo o mais antigo governante euroafricano, ou a Jaime Soares, 38 anos à frente da Câmara de Poiares e, depois de legar a maior dívida por habitante, entre todos os municípios portugueses, ser eleito presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, lugar que ocupa com a eficiência com que geriu a Câmara.

David Cameron e a comunicação social inglesa

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O PM inglês, David Cameron, tendo como referência Margaret Thatcher, grita contra União Europeia a pretexto da quota adicional de 2,1 mil milhões de euros que lhe deve, de acordo com a subida do PIB, acima do previsto, como bem sabe. Não é apenas o PM que é hipócrita. Também a comunicação social britânica se atira a Bruxelas, por causa do valor da pensão de Durão Barroso, como se não estivesse fixada e não fosse pública, muito antes de ele abandonar as funções. A política, transformada em comédia, dirige-se para a tragédia.

Parabéns, presidenta Dilma!

Há nessa vitória sofrida o júbilo de ver congelado o liberalismo que faria mais desigual um país que, desde Lula, tem vindo a resgatar da pobreza dramática milhões de pobres. Há na vitória, que a torpe campanha com que tentaram assassinar o carácter da mulher que ousou ser guerrilheira, contra a ditadura, uma epifania. Foi o triunfo da coragem, da obstinação e da social-democracia contra o liberalismo, a demagogia e o oportunismo. Foi a vitória contra a comunicação social, nas mãos dos grandes grupos económicos, e o triunfo contra as Igrejas que queriam transformar o Planalto numa sacristia. A corrupção é uma hidra que se enrola ao poder e que medra com ele. A presidenta sabe disso, e todos contam com a sua coragem para a erradicar. É uma luta sem quartel e que nunca é vencida, mas há passos firmes que não deixará de dar. Não desiluda quem está consigo, porque gosta de si, e quem a apoia porque não esquece Lula, o mais sólido dos seus apoiantes, o mais carismático dos seus eleitore

Parabéns, Dilma

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O Passos Coelho brasileiro, embora mais preparado cultural e politicamente, foi derrotado. A herança de Lula, não sendo eterna, fica mais acautelada. Confesso. Fico satisfeito.

A montanha ia a Maomé

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A FRASE:

«Não admira que, depois de dez anos no cargo [Durão Barroso], apenas cento e cinquenta dos setecentos e cinquenta deputados tenham estado presentes no seu discurso de despedida». (Pedro Marque Lopes, hoje, no DN, pág.7) Comentário: Só 20% o acompanharam no último suspiro)

O ocaso de Durão Barroso e os acasos da História

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A presidência da Comissão Europeia (CE) de Durão Barroso (DB) devia ser motivo de orgulho para Portugal se DB não tivesse sido o mais americano dos europeus e o mais alemão dos portugueses. Não há, em Portugal ou na Europa, quem tão facilmente exonere a ética e use a tática na defesa dos interesses próprios. Onde estiver o poder, aí está, como lapa agarrada à rocha em dia de tempestade. Quis ser o Jacques Delors da Europa e foi a medíocre reedição de Jacques Santer. A melancólica despedida, com o Parlamento Europeu quase vazio, só com uma reduzida representação dos seus companheiros de estrada, talvez em busca da senha de presença, foi a metáfora de dois mandatos com a mesma insuficiência com que fugiu do Governo de Portugal. A invasão do Iraque foi a nódoa que o levou para a CE, enquanto fingia apoiar António Vitorino, e a Sr.ª Merkel era a sua paixão quando fantasiava mérito próprio na alegada «pipa de massa» que tinha sido atribuída a Portugal. Bush e Blair, depois de Azna

Fidel e a face oculta do obscuro Juan Reinaldo Sánchez

Um ex-guarda-costas de Fidel Castro escreveu um livro no exílio dourado de Miami, onde tem os dois filhos. Depois de 17 anos como segurança de Fidel, a acreditar nele, é a Zita Seabra cubana. Quem, como eu, nunca defendeu um regime de partido único, mas reconhece a Cuba os notáveis sucessos na saúde e educação, rejubilou com a vitória sobre o antigo ditador e dono do bordel, Fulgêncio Batista, e hoje se limita a condenar o desumano boicote ao país, distingue um biógrafo de um mercenário, um cidadão honrado de um trânsfuga oportunista e a informação da propaganda. Defendo, como sempre defendi, a democracia política, pelo que não posso ser suspeito de adepto de Fidel, por mais que me maravilhem as vitórias sobre a mortalidade infantil e o analfabetismo, por muito que me espante o triunfo da música, da dança, das artes, do desporto e da medicina, em Cuba. Admiro, de facto, o povo cubano. Pergunto-me para que quer Fidel as várias casas que o avençado biógrafo lhe atribui, em Cuba, e

Valls ou os ventos da Gália…

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O que se passa em França sempre interessou e influenciou Portugal. Embora recentemente a sua influência tenha sido debilitada pelos novos tempos da globalização a França, quanto mais não seja pela Revolução Francesa, sempre teve um papel relevante e marcante na cultura e na política nacional. Trata-se de um facto que remonta à origem da nossa nacionalidade, isto é, à disnastia dos Borgonha. No século XIX verificou-se o apogeu dessa influência subsidiária da literatura, das artes e no campo político com o advento do liberalismo. No campo do socialismo, dito utópico, são vultos da cultura francesa como Saint-Simon, Fourier e Proudhon que o pensam, divulgam e lhe conferem credibilidade. Embora a evolução do socialismo – do utópico ao científico – tenha de certo modo escapado ao redil francófono, nomeadamente Engels que a par de Marx influenciará determinantemente o seu percurso, será através de editoras francesas (com o tradicional atraso de ‘incorporação’) que o mesmo ‘chega´a Por

A Arábia Saudita, os petrodólares e o terrorismo

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Mulheres da classe alta Alwaleed bin Talal, um empresário multimilionário e membro da casa real da Arábia Saudita, confirmou que o país financiou o Estado Islâmico (EI) para ajudar a combater e derrotar o Governo da Síria. A reiterada cumplicidade da obscura ditadura nos atos de terrorismo islâmico goza de surpreendente impunidade. Não vale a pena referir o suspeito do costume porque são muitos os países manchados de sangue e petróleo. Certo é o apoio do grande produtor de petróleo a todos os desmandos pios da falhada civilização árabe, que se agarra à fé como náufrago à única tábua. E, mais surpreendente ainda, é a cumplicidade de países que procriaram evangelizadores, cruzados e inquisidores de que se envergonham.  Surpreende-me que países, com massa crítica e instituições democráticas, se precipitem em aventuras patrocinadas por uma família medieval que dá o nome e é proprietária de um país. A mais sórdida teocracia, onde se situam Medina e Meca, locais que atraem os cr

Dois amigos, dois destinos

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O da esquerda já foi canonizado

Momento zen de quarta_22_10_2014

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João César das Neves (JCN) na homilia de quarta, denominada « sínodo em família », partilha com os crentes a pungência da dor que o dilacera: «a Igreja está dolorosamente dividida nas questões da família», temendo que desvirtue a doutrina e atraiçoe o Mestre (epíteto que no jargão de JCN designa o crucificado). A ansiedade que o devora não é nova: «Vivemo-lo há muito tempo, durante o Concílio. O de Niceia em 325, ou qualquer um dos 21 ecuménicos, incluindo o último, Segundo do Vaticano de 1962 a 1965». Não significa que JCN tenha estado no de Niceia mas no de Trento, a avaliar pela rusticidade da sua fé, certamente esteve ou, pelo menos, bebeu aí a interpretação bíblica com a mesma fé com que os talibãs assimilam o Corão. JCN justifica a tragédia que o atormenta, depois de citar uma epístola: « A doutrina é clara, sólida, indiscutível, vinda do mais alto dos céus. Aí não há dúvidas. A confusão está na vida, que brota do fundo do coração dos homens».  Maldito coração! E tem fé: «A

Machete, (sin.: ‘cavaquinho’…)

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Ainda não assentou a poeira sobre o caos lançado por Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz, que mereceram o beneplácito de Passos Coelho, já o País está confrontado com um outro caso: Rui Machete e as declarações sobre jihadistas portugueses. link . De facto, assim não dá! Depois da gafe sobre as investigações do MP a altos dirigentes angolanos   link o MNE – um velho quadro do ‘PPD’ - deveria ter ‘apanhado’ juízo…

Jangada de Pedro salva Crato do naufrágio

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Rui Pinto Monteiro é um professor de 36 anos que leciona em Biscoitos, Ilha Terceira, nos Açores. A sua colocação em 95 escolas do Continente transformou um professor do ensino básico em recordista. As solicitações numerosas têm sido motivo de gozo para com o ministro da Educação e Ciência, um ministro que se esforça por ser o pior num Governo onde tem de enfrentar a concorrência feroz de muitos dos seus colegas. O referido professor precisa de desistir de tão insólito assédio cada vez que uma escola o convoca para preencher a vaga e, só depois, o sistema informático notifica outro para a função. Por cada vaga que lhe foi destinada há, pelo menos, 21 crianças que continuaram sem aulas e um professor que ficou a aguardar colocação. O facto de precisar de recusar cada oferta de lugar, para que o mesmo possa ser preenchido por outro professor, complica-se pelo facto de ter desistido do concurso do Continente e, assim, ter perdido condições legais para renunciar. Na página onde o

Passos Coelho e as eleições legislativas

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Pedro Passos Coelho, alegado primeiro-ministro, cargo de que usufrui as prerrogativas e benefícios, incapaz de autocrítica, ameaçou o país com a recusa de antecipar as eleições legislativas, assustando os portugueses com mais um ano a rebolar-se no exaurido pote. Não estão em causa os prazos constitucionais, mas as instituições, a agonia do regime e a decadência ética do Governo que fez de Portugal um laboratório de experiências mal sucedidas, com o caos na Justiça, a Educação e Ciência em colapso e a desconfiança nos governantes igual à que Passos Coelho adicionou com as peripécias da Tecnoforma. A antecipação de eleições depende da vontade do Governo ou da decisão do PR, sendo a última uma improbabilidade e a primeira a única decisão certamente irrevogável. Passos Coelho corre para o abismo, sabendo que não tem soluções e que, quanto mais tempo permanecer com a turma, mais hábil a agarrar o poder do que a usá-lo ao serviço do País, mais complica o OE-2016 e menos tempo de

Acontece...

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A Portugal Telecom e o País

A PT é o reflexo do País. A empresa emblemática de setor público, precursora de várias inovações, na vanguarda da investigação e desenvolvimento, foi devorada pela ganância dos acionistas e falta de escrúpulos de quem a usou, em aflição, para cobrir desmandos que a Justiça investigará, se puder. A empresa de telecomunicações, geradora de emprego e de avançada tecnologia acabou ingloriamente em leilão de abutres, perante um Governo que, na ânsia de desmantelar o Estado, a abandonou às mãos do deus comum – o Mercado. Houve, na plangência do descalabro, uma tal falta de sensibilidade e uma tão obsessiva marca ideológica que nenhum resultado eleitoral é suficiente para julgar os culpados. A PT era a empresa portuguesa que conquistara mercados do Brasil ao Quénia, de S. Tomé a Timor, de Angola à Hungria, para acabar à mercê de candidatos que a absorvem e descaracterizam. O apogeu e a queda da PT estão ligados ao antes e depois deste Governo como metáfora do estado a que este Governo

Proselitismo religioso

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Quem os ameaça? Ou é o casamento dos outros que querem irrevogável? Cerejeira conseguiu isso com Salazar e os dramas foram penosos.

Martine Aubry, Valls e a “guerra de nervos”..

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A entrevista concedida por Martine Aubry ao jornal JDD link - “ Eu exijo que se reoriente a política económica ” - merece ser atentamente lida. A afirmação - feita pela maire de Lille e ex-primeira secretária do PSF - de que não é possível mobilizar um País à volta da gestão financeira, sendo necessário dar-lhe um destino de viagem - é um tremendo repto para a Esquerda europeia absorvida em derivas à volta de ‘ socialismos liberais ’, totalmente manietados por questões orçamentais e na adivinhação dos desejos e execução dos ditames dos mercados. Esta ‘ pedrada no charco ’ incomodou o primeiro-ministro  Manuel Valls que ‘ressabiado’ veio a terreiro declarar ter ‘ nervos sólidos ’ link . Para já, está instalada uma ‘guerra de nervos’…

João Paulo II (JP2) e os mártires da ICAR

As Igrejas pelam-se por mártires. Os santos têm escassa cotação e poucas se dedicam à sua criação. A ICAR entrou na era industrial com JP2, um caso de superstição e doentia fixação em defuntos a quem atribuiu passadas virtudes e poderes perenes. Para fabricar um santo basta engendrar dois milagres e cobrar os emolumentos do processo canónico. Para produzir mártires urge encontrar algozes predispostos a causar vítimas. Os mártires podem ser dementes que procuram o Paraíso ou infelizes que estão à hora certa no sítio errado. Os suicidas islâmicos ilustram o primeiro caso, os missionários apresados por canibais fazem parte do segundo. Estes, em vez de serem benquistos pela eucaristia que levavam eram apreciados como manjar divino, em ávida antropofagia.   O nacionalismo e a fé convivem de mãos dadas. A vontade divina coincide muitas vezes com a do príncipe e este é usualmente um agente predestinado. A glória terrena facilita-lhe a bem-aventurança eterna. A rainha Santa Isabel fez o mi

Uma insondável tempestade helénica …

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A Europa desde há meses que cultiva um preocupante estado de entorpecimento. O Conselho Europeu, continua a apostar na continuidade nas soluções de emergência prévias, vazias de estratégia, que se resumem a um cego e obstinado cumprimento do Tratado Orçamental e a infindáveis ‘reformas estruturais’ e este caminho mostra que opções cada vez mais eivadas de indefinições, subterfúgios e fugas à realidade, (re)lançaram a Grécia na arena dos mercados e o rugido dos ‘leões’ da especulação já é  bem audível. Trata-se de uma penosa rota de regresso a 2010 quando começou o ‘ajustamento’ grego, iniciando-se, deste modo, um infindável círculo vicioso, impossível de gerir politicamente (e democraticamente)  link . As ‘yields’ gregas a 10 anos aproximam-se vertiginosamente dos 2 dígitos (8.22%), tendo contagiado de imediato quase todos os países periféricos (Portugal, Espanha e Itália). A perspectiva de uma nova crise da dívida ensombra a Europa do Sul já que, considerados esses níveis de j

Estrasburgo: um novo pantanal?

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A dissolução do grupo parlamentar da extrema-direita no parlamento europeu (EFDD) link é, à primeira vista, uma boa notícia. A Europa tem muito poucos ‘euro-convictos’ e pode, muito bem, dispensar os eurocépticos e/ou os eurofóbicos.   No centro da dissolução do grupo de extrema-direita está a saída da eurodeputada letã Iveta Grigule . Ao abandonar a formação parlamentar, que tantas dificuldades tiveram para se organizar, sob a batuta de Nigel Farage, dirigente do movimento britânico UKIP, Iveta enviabilizou a sua existência já que regulamentarmente o EFDD (Europe of Freedom and Direct Democracy) deixou de representar uma diversidade de deputados que lhe assegurou, até aqui, a necessária representatividade (são necessários deputados oriundos de 7 dos 27 países) e a consequente subsidiação das instâncias europeias (de milhões de libras, já que abominam o euro). Existem nesta situação vários problemas em suspenso que seria bom esclarecer e precaver. O principal será para

Frases de um grande cientista

“No passado, antes de entendermos a ciência, era lógico acreditar que Deus criou o Universo. Mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente” “Acredito que conseguiremos entender a origem e a estrutura do Universo. De facto, mesmo agora já estamos perto de lograr esse objetivo. Não há nenhum aspeto da realidade fora da mente humana.” (Stephen Hawking, físico britâncico, um dos maiores cientistas mundiais, em entrevista ao El Mundo)

O catolicismo, o poder e a política no início deste milénio

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As religiões não toleram a perda de influência. Depois de criarem um deus verdadeiro, de o promoverem e enfrentarem a concorrência, vieram o iluminismo, a laicidade e a democracia a estorvar o proselitismo. A pedagogia ativa com que combatiam heresias e converteram réprobos já não pode ser aplicada porque a tortura é proibida e as fogueiras tornaram-se obsoletas, para desespero dos padres e eterna perdição das almas. Quando os jesuítas anunciaram na China a boa-nova de que o filho de deus tinha vindo ao mundo, espantaram-se os chineses como, durante tanto tempo, ninguém os avisou. E, talvez por isso, preferiram ao deus, que se deixou pregar na cruz, um homem que sorriu quando lhe disseram que era eterno – Buda. Apesar dos reveses, os deuses dos monoteísmos gozam de sólida reputação. Os humores e idiossincrasias não os destroem mas sabe-se que, quando a repressão abranda, germina o ateísmo e, sempre que o poder do clero se debilita, a confiança esmorece. As religiões, não pode

Uma demissão incompreensível

«O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, apresentou, esta sexta-feira, a sua demissão alegando "motivos de ordem pessoal", tendo sido aceite pelo ministro Nuno Crato, segundo nota do Ministério da Educação e Ciência». Há na melancólica desagregação do Governo desaforos e patifarias diversas. A ministra que combate os swaps é especialista nesse instrumento financeiro. Passos Coelho é uma espécie de PM. O PR é clone de Américo Tomás. Paulo Portas é uma imitação de figura de Estado. Nuno Crato é o especialista na destruição do Ensino público, parecido com a ministra da Justiça, a criar o caos nos Tribunais. Não se compreende que o secretário de Estado de Nuno Crato se demita, por um plágio, quando o elenco que integra é um plágio de Governo e o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário só ensinou aos alunos a maneira de progredirem na vida, de forma diferente do PM, que prefere a emigração. Quem sabe se a tese do secretário de Estado, d

OE 2015: um ‘empurrão’ para a uma necessária clarificação política…

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A proposta de OE 2015 link é um extenso e confuso documento que se apresenta como revelador do estado estado a que o País foi conduzido e pretendeu ‘trabalhar’ uma incontrolada avalanche de números e situações para funcionar como sendo uma ‘cortina de fumo’ de inconfessáveis fábulas eleitorais. Não se trata de um documento que ‘encaixe’ ou tenha uma estratégia para o futuro de Portugal ou seja portador de opções que - tendo os portugueses e as portuguesas por centralidade – defina um quadro desenvolvimento assente numa saudável, equilibrada e justa utilização dos dinheiros públicos.  No OE 2015 está inscrita uma metodogia absolutamente inversa. A par do que foi inconcebivelmente negado [a (in)existência de um 'fundamentalismo orçamental], 'brincou-se' com números, conceitos, objectivos e metas como aquele do ‘não aumento de impostos’ a par da admissão de um significativo aumento da ‘carga fiscal’,  como se a dita fosse um resultado de secretaria e não a tradução p

Marco António e a luta partidária

Marco António, um epifenómeno da política, é um Maquiavel a nível paroquial, um prócere do PSD que está para a intriga política como a cascavel para os répteis. O antigo homem de mão de Luís Filipe Meneses e coadjutor de Miguel Relvas é agora o ideólogo do PSD. Sem tino, sem programa e sem futuro, é um atirador furtivo a disparar tiros de chumbo miúdo, na esperança de acertar. Fala em nome do partido e do Governo, com autoridade. Foi ele que, na sua ignorância política, sujeitou Passos Coelho a recusar o PEC IV que acabara de jurar, de manhã, a renegar a promessa, de tarde, e a derrubar um Governo. Hoje, na leitura hesitante de quem aprendeu pelo método de silabação antigo, disse que o PS «virou para a extrema-esquerda». Não lhe bastou acusar o PS de virar à esquerda, o mínimo que lhe permite a sua formação na madraça onde incubou o bando que tomou conta do partido e do poder, é acusar o PS de extrema-esquerda. Com tal consciência política para discernir sobre o espetro politic

Momento zen de segunda_15_10_2014

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João César das Neves (JCN), ao contrário de Batista-Bastos, continua com o púlpito no DN onde as homilias passaram de segunda para quarta-feira. Hesito no título a dar à exegese a que me habituei. Talvez passe para «Momento zen de quarta», mais de acordo com as inanidades que piamente debita. A homilia de quarta (feira) crismou-a o devoto de «Amputação» e é uma diatribe contra o divórcio, um pecado cujo pensamento lhe liquefaz os miolos e o obriga a apertar dois furos no cilício. Para condenar o divórcio usa esta deliciosa imagem:  «Tenho problemas respiratórios desde pequeno, com asma, bronquites, etc. Viver com os meus pulmões não é nada fácil, mas nunca me passou pela cabeça andar sem eles». E acrescenta: «Tenho tido problemas com a minha mulher desde que casámos (…) mas haverá alguma razão para eu pensar em viver sem ela»? A única surpresa é o masoquismo da mulher. Não falou no problema da enxaqueca e da possibilidade de ser tão intolerável que tenha abdicado de viver sem

Religiões e democracia

Todas as religiões se consideram as únicas verdadeiras, tal como o seu deus. Cada uma considera falsas todas as outras e o deus de cada uma delas e, provavelmente, todas têm razão. Os ateus só consideram falsa mais uma religião e um deus mais. Em certa medida todos somos ateus. E somo-lo, não apenas na aceção grega, em que um ateu era o que acreditava nos deuses de uma cidade diferente, mas também na aceção atual, na descrença num ente superior imaginário, e, ainda, em relação a  Zeus, a Shiva, ao Boi Ápis e à multidão que aguarda, nas páginas da mitologia, os deuses atuais. No soneto «Divina Comédia», de Antero de Quental, os homens perguntam, com voz triste, «deuses, porque é que nos criastes»? E os deuses respondem, com voz ainda mais triste, «homens, porque é que nos criastes»? A crença, em si, não é apenas legítima, é um direito que cabe ao Estado laico assegurar. O que assusta é o proselitismo dos que não lhes basta a sua crença e a procuram impor a outros, a violência que

A FRASE:

«É [errado] dizer –se que pela via da redução dos lucros da Caixa Geral de Depósitos, os contribuintes podem vir a suportar custos pela resoluções do BES». (Cavaco Silva, in Forum das Empresas) O PR não mente, esconde a realidade. E imagina que a CGD vai apresentar lucros).

Nuno Crato, ministro da Educação e Ciência

Nuno Crato não pode ser apenas um erro crasso, ao nível do Governo a que a vaidade e a decadência ética, o associou. Um professor universitário qualificado que se esmerou a destruir o serviço público, um revolucionário que não precisava de se esforçar a provar o arrependimento, o ilusionista que brinca aos tempos verbais para iludir compromissos, deixou de ser um caso político, é um caso de polícia. Passos Coelho ou Marco António não tinham habilitações para tão metódica e paciente destruição da credibilidade do ensino público. O ministro da Defesa, eficiente a  destruir as Forças Armadas, não tinha experiência académica que lhe permitisse destruir a vida familiar de professores, impedir os alunos de ter aulas e colocar a normalização escolar nas casas de apostas. A destruição do ensino público é um objetivo entregue a Nuno Crato cuja competência tem sido insuperável. Com ajudas públicas a escolas privadas e sem atrasos no início do ano letivo, ninguém podia fazer mais pelo descréd

Alguns comentários aos comentários sobre Marinho Pinto

Combater um político que, insinuando-se contra os partidos cria mais um, apontar-lhe as contradições e combatê-lo no plano dos princípios, faz parte do jogo democrático e é um dever de quem se bate por outro partido. Chamar fascista a um cidadão que foi preso pela Pide, oportunista a quem podia vender o seu prestígio por menos trabalho e maior remuneração, enxovalhar um homem que já deu sobejas provas de coragem, é uma iniquidade. Há no desvario ético uma tal falta de senso que insinua que Marinho Pinto é um político tão venal como Passos Coelho, tão reacionário como Paulo Portas ou tão faccioso como Cavaco Silva. Depois admirem-se que a sua votação seja uma surpresa desagradável para quem perdeu a noção das proporções e o sentido da decência.

Luís Marques Mendes e o comentário político

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Gosto de Luís Marques Mendes (LMM) porque diz coisas interessantes e verdadeiras e as verdadeiras não costumam ser interessantes e as interessantes não são verdadeiras. Na TV antecipa os assuntos dos Conselhos de Ministros, engenho de quem tem prévio conhecimento da agenda ou a elabora. Neste caso diz coisas verdadeiras. Desde que deixou de ser empregado do Sr. Joaquim Coimbra, ex-presidente do PSD e comprometedor patrão, LMM passou a profissional da exegese política com a mesma determinação com que vigiava o alinhamento das notícias na RTP quando a tutelou. No último número da revista Visão disse coisas só interessantes. Fez o panegírico de Cavaco Silva (CS). 1 – Começou, como acabaria, por elogiá-lo e, numa pergunta retórica sobre o discurso de CS, no 5 de Outubro, escreveu: «O que é que se disse?», isto é, o que disse CS, e cita o PR «Que quem tem muitos anos de poder não pode falar assim, que devia ter criado esperança e não desesperança, que isto, aquilo e aqueloutro» [s

Perplexidade

Não se percebem as dificuldades ou discordâncias deste Governo para a elaboração do OE-2015, com a encenação pífia, para fins eleitorais, do CDS e do PSD. Os portugueses sabem que, mal seja aprovado, começa a ser elaborado o orçamento retificativo.

OE 2015

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A sabatina de 18 horas para a aprovação da proposta de OE 2015 é  - per si - extremamente reveladora do estado a que este Governo de coligação PSD/CDS chegou link . Mas as ‘surpresas’ não acabam aqui. A tão balada mexida no IRS, segundo as mais recentes informações, ficou-se por uma (aparentemente meritória) intenção. Para já tudo como dantes (Quartel-General em Abrantes!) mas se a economia ‘responder’ satisfatoriamente (situação que nem o oráculo semanal do Governo acredita link ) poderão ser distribuídas benesses (migalhas?) aos contribuintes.  Como pormenor pitoresco é anunciado que tal situação só será efectiva em 2016 (para além do mandato deste Governo) link . Daqui para diante vão começar as promessas para serem diferidamente (perfidamente?) cumpridas, (em 2016, 17, 18, etc.), mas desde já assumidas. Isto é, tudo o que não foi conseguido ou aquilo que não foi deliberadamente feito pelo actual Governo deverá (ou poderá) acontecer no futuro. Se possível num futuro em

BRASIL - Considerações sobre o anúncio de Marina Silva…

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A segunda volta das eleições presidenciais brasileiras entrou numa nova etapa (fase) com o anúncio do apoio da candidatura (derrotada) de Marina Silva ao candidato Aécio Neves link . Existem, contudo, na declaração proferida por Marina Silva algumas passagens que não se entendem ou são preocupantes. Marina não declarou o apoio ao candidato do PSDB enquanto ‘cidadã independente brasileira’, como tentou fazer passar na sua proclamação. A ex-canditada concorreu pelo partido PSB e foi nessa condição que expressou a sua decisão.  Muito embora este apoio não seja pacífico no seio do PSB, como demonstra a carta aberta do presidente do partido link , Roberto Amaral, a declaração de Marina Silva parece representar a posição oficial do mesmo. Aliás, qualquer cidadão brasileiro verifica que as questões políticas no seio do PSB estão a ser tratadas por processos muito pouco ortodoxos já que não se entende em que qualidade Marina (pertencente ao movimento ‘Rede Sustentabilidade’) e a fam

ZB e o ‘strip-tease’ desnecessário…

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  Vamos abordar a história de Zeinal Bava (ZB) sucintamente. ZB exerceu, desde 1999, diversos cargos na PT tendo assumido a presidência executiva da empresa em 2008 e, nesse cargo desfrutou do reconhecimento da Europa, enquanto gestor de 'sucesso'.  A 4 de Junho de 2013, na sequência da fusão das empresas (Oi e PT) assumiu a presidência da Oi, em regime cumulativo com as funções na PT. A 7 de Outubro deste ano ZB renunciou ao cargo de presidente da Oi por não conseguir libertar-se de uma outra recente imagem (má gestão) resultante da aplicação de mais de 900 milhões de euros da PT em papéis da Rioforte (GES). Será, deste inglório modo, uma das primeiras vítimas (no 'estrelato da alta gestão') do caso BES/GES. Ficamos a saber que o ex-gestor auferia um ordenado mensal de cerca de 150 000 euros e despediu-se (ou foi aconselhado a 'renunciar') com uma ‘compensação’ de 36 meses. O que associado a outras alcavalas perfaz a ‘módica’ quantia de 5 milhões de

António Barreto – o oportunista lusitano

Para António Barreto, António Costa pode perder o partido, ao estar a unir-se a partidos comunistas. "O PS é geneticamente anticomunista e deixar de ser anticomunista e passar a ser amigo ou aliado do comunismo, do Bloco de Esquerda ou do Livre põe problemas seríssimos”, diz ao Dinheiro Vivo. António Barreto (AB), sociólogo competente, fotógrafo experiente e ex-empregado de um merceeiro, com sede na Holanda, não está preocupado com o PS mas com a direita. Sem o mínimo pudor, esqueceu o apoio expresso a José Sá Fernandes, aliás excelente candidato, nas eleições para a Câmara de Lisboa, quando este, há anos, concorreu pelo Bloco de Esquerda. Que o sociólogo e político ressentido use o seu prestígio para combater as ideias que já foram suas não é motivo de admiração. AB, apesar da cultura, mantém-se o provinciano que Mário Soares fez ministro da Agricultura e Pescas, com vergonha de ser de direita e sôfrego de tornar-se seu ideólogo como, em tempos, quis ser o do PS. Barreto fo

A escola, a laicidade e a fé

Dedicatória: A Malala, prémio Nobel da Paz, a quem a doçura do rosto juvenil esconde a afoiteza, e a ânsia do conhecimento se sobrepõe aos preconceitos da fé. «Abrir uma escola é fechar uma prisão». A frase, atribuída a vários pensadores, teve a calorosa defesa de Vítor Hugo, num discurso inflamado, na Assembleia Constituinte Francesa, em 1848. A instrução que seduziu Malala é o ódio de estimação dos talibãs, que a impedem, sobretudo às mulheres, o alvo dos terroristas que julgam o Paraíso ao alcance da ignorância e como prémio da discriminação de género. Abrir uma escola laica é uma impossibilidade nos pântanos onde germina o Islão, mas é a única forma de revezar madraças e rejeitar mesquitas, ainda que os trogloditas de Alá continuem a gritar que Deus é grande e Maomé o seu profeta. As democracias não são confessionais. Hoje, um jornalista escreveu que a Turquia é o único país islâmico democrático. Não há democracias muçulmanas, cristãs, judaicas ou hindus. As democracias adjet

Boa tarde, camaradas

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 De (...), saúdo os camaradas que, faz hoje 47 anos, embarcaram no Vera Cruz, num doloroso afastamento da Pátria e das famílias, para amargarmos em Malapísia e no Catur a tragédia da guerra, injusta e inútil, a que a ditadura nos condenou. Foi no Cais de Alcântara, com as lágrimas e a raiva dos que ficaram e dos que partimos, que começaram a forjar-se os laços que tornariam os homens de Malapísia e do Catur a família que fomos e seremos enquanto a vida nos deixar. Hoje, estes almoços deixariam de ter sentido se os homens que integraram as duas Companhias do Bcaç. 1936 viessem a separar-se. Seria uma família desavinda num tempo em que tudo serve para desunir o que a história e os afetos ligaram. Não sucederá. Saúdo as famílias dos que se estão nesse almoço, dos que não puderam ir e, sobretudo, a dos que já não voltam. Agradeço a dedicação do Barros, do Torres e do Lopes que, ano após ano, tornam possível a repetição deste convívio anual. A minha falta é mínima para quem tem tant