Para memória futura – BPN, Madeira e Miró

Há dois casos trágicos que agravaram a espiral da desgraça financeira que nos bateu à porta com a crise internacional, o BPN e a gestão madeirense. Não excluo os Governos da República da imprevidência e má gestão, erros políticos julgados nas urnas.

A Madeira e o caso BPN são casos de polícia, o primeiro blindado por uma excessiva autonomia, propensa à irresponsabilidade de um títere, e o segundo porque se prevê ser a burla da elite partidária até níveis inacessíveis à Justiça.

Neste momento já estaria esquecido o caso BPN, um caso de fraudes contínuas de altos membros do PSD, se não houvesse uma venda ruinosa recente e, neste momento, 510 milhões de euros a sair do Orçamento, sem conseguirem criar a cortina de fumo com a falha na fiscalização do Banco de Portugal. Vítor Constâncio faz falta para distrair as atenções do crime que os ladrões dissimularam com a falta de vigilância do polícia.

Quanto à Madeira, onde o eterno salazarista recebe a pensão de professor, que acumula com o vencimento de Governador, parece estar previsto um perdão para depois da saída aparente da troika.

Quando estão em causa cerca de 15 mil milhões de euros, da responsabilidade exclusiva de altos dignitários do PSD, o Governo, a quem sobra ideologia e falta preparação, apronta a venda das obras de Miró que o exótico membro do Governo cavaquista, Oliveira e Costa, comprou.

Sem consciência do valor que as obras de um pintor consagrado podem ter na promoção do turismo, quem autorizou a sua venda só não vende a Torre de Belém por medo.

Nunca a democracia teve tão mau governo, presidente e maioria.

Comentários

Manuel Galvão disse…
E ninguém parece interessar-se em saber quem foi o anterior proprietário dos quadros e QUANTO RECEBEU do BPN em pagamento dos mesmos.

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