O Governo, a crise e o desespero

Sabe-se que a crise financeira internacional, não sendo a única causa, foi o detonador de crises europeias onde as economias mais frágeis, Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre, são as maiores vítimas.

Foi em situação de particular vulnerabilidade que a direita mais reacionária, aquela que se julga dona do poder, por direito divino, depois de obter o poder dentro do PSD, partiu ao assalto do Governo.

Por facciosismo partidário ou por razões que talvez um dia conheçamos, o PR preparou o regresso dessa direita, do tea party português, ficando mútua e reciprocamente reféns.

Não se percebe como é possível ampliar a dívida ao ritmo da esbulho dos portugueses, com a economia destroçada, o desemprego a atingir números sem precedentes, a fome a minar o tecido social, o desespero a impregnar várias camadas e a esperança a ausentar-se  do horizonte.

Na caminhada lúgubre da vingança contra o Estado social fica o cadáver de um país que os atuais governantes usaram como laboratório e se preparam para autopsiar.

Perante o desrespeito ao Estado de direito, arrogantemente exibido pelos aprendizes que nos governam e silenciosamente coberto pela inação de Belém, não há saídas legais para devolver a palavra aos portugueses e julgar o bando.

Algum desnorte entre as forças patriotas revela bem o desespero a que nos conduziram e a parede perante a qual nos colocaram, deixando-nos como única saída a revolta.

Comentários

Manuel Galvão disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Manuel Galvão disse…
Todos os acontecimentos maus contêm em si aspetos bons.

A parte boa do que nos está a acontecer é a de fazer lembrar aos portugueses uma coisa de que eles já estavam esquecidos: Da diferença entre esquerda e direita...

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