O Papa, o jejum e a paz

O Papa Francisco determinou aos crentes do seu Deus que no próximo sábado, dia 7 de setembro, se unam a ele num “dia de jejum e oração” e, como determina o proselitismo, convidou pessoas de todas as religiões para, sábado à noite, rezarem pela paz na Síria.

Não duvido do desejo de paz do papa, desejo que partilho. Dando por adquiridas as boas intenções, duvido dos meios e do deus do Papa. Que a paz só se conquiste com pedidos, deixa mal visto um deus que, podendo preservá-la, apenas a concede através de orações e jejuns ou, não podendo, fica mal o papa a pedir sacrifícios de utilidade duvidosa.

Há um módico de racionalidade que devia impedir quem está investido de autoridade moral de a delapidar com apelos que dificilmente darão melhores resultados do que um placebo. A guerra depende mais da decisão do Congresso americano e da vontade de Obama do que das orações pias e jejuns encomendados.

Alguém percebe o humor de um deus assim?

Comentários

Bmonteiro disse…
Poderia ter dito algo
sobre os fornecedores de armamento aos contendores sírios.
Citando países e estados.
Elementar, meu caro Descrente.
Bmonteiro:

É pelas razões que aponta que Deus é cada vez mais supérfluo.

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