JÁ NÃO ERA SEM TEMPO !


 Estudantes ameaçam agir pela força caso Passos lhes dê nega

A actual crise que o País atravessa e as consequências que a mesma tem no ensino levaram os estudantes do ensino superior a exigir ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, uma reunião com carácter de urgência. Os universitários avisam ainda, numa carta aberta, que se não obtiverem qualquer resposta por parte do Executivo ponderam recorrer a acções de força, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias.

 Treze associações de estudantes de todo o País reuniram-se e apresentaram, no domingo, uma carta aberta onde exigem ser recebidos pelo primeiro-ministro para discutir a actual situação do País e, em especial, do ensino.

“Temos uma das propinas mais elevadas da Europa, um sistema de Acção Social Escolar obsoleto e ineficaz e a realidade do abandono escolar, do desemprego jovem e da emigração”, lê-se na carta.



Comentários

e-pá! disse…
Uma notícia que releva a existência de vida no seio de um estrato social determinante para o País.

A relativa 'passividade' do sector estudantil começava a ser intrigante.
Na realidade, o lastro histórico fortemente interventivo de movimentos oriundos da juventude escolar - principalmente nas Universidades e Escolas Superiores - tem vivido num certo embotamento e algum conformismo ( uma espécie de hibernação) durante o recente período em que se 'provocou', por opções ideológicas, um acelerado empobrecimento e degradação das condições sociais, económicas e humanas dos portugueses.
Período durante o qual os jovens têm sido brutalmente atingidos nos seus anseios e horizontes e que lhes 'fecham' as portas do futuro.
Conjugam-se, no campo de uma monstruosa realidade social e cultural, vários factores, absolutamente intoleráveis: a noção de uma acelerada degradação da qualidade do ensino por via de cegas restrições orçamentais, o estrangulamento das vias de acessibilidade por discriminações económicas e a visão de um bloqueio de todo e qualquer tipo de saídas profissionais.
Um quadro que fere, nos seus princípios fundamentais, a possibilidade da existência de uma sociedade livre, moderna, justa e desenvolvida.
Estes jovens 'não viveram acima das suas possibilidades' mas enfrentam o espectro de - a continuar por este caminho - terem de viver miseravelmente 'abaixo das suas potencialidades e no completo desaproveitamento das suas qualidades e qualificação'.
Esta dialéctica é - sempre foi -explosiva.

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