A religião, a democracia e a liberdade

Uma religião é um conjunto de indivíduos unidos por medos, hábitos e superstições comuns, transmitidos através de gerações, e ligados por um  ódio coletivo aos medos, hábitos e superstições alheios.

As religiões monoteístas têm um deus verdadeiro privativo que garante aos crentes uma felicidade eterna, depois da morte, conquistada pelo sofrimento, resignação e obediência durante a vida. Cada religião acredita serem falsas as outras e falso qualquer outro deus. Nisso todas têm razão. Aliás, os ateus só consideram falsa mais uma religião e um deus mais, o que, no fundo, faz de todos ateus.

O proselitismo, característico do cristianismo e do islamismo, conduziram o primeiro à violência sectária contra os hereges, os judeus, os cátaros e outros e aos crimes bárbaros da evangelização. O cristianismo foi dominado pela repressão política contra o seu clero e tornou-se uma religião civilizada onde a laicidade contém os seus desvarios pios. Já o islamismo, que é poder em numerosos países, continua na implacável barbárie contra os desvios ideológicos da mais selvagem e cruel religião do globo.

Não devemos esquecer o judaísmo que, não sendo prosélito, encontrou no sionismo a forma  de exercer a brutalidade religiosa imperialista através do mito bíblico de que lhes pertence a Palestina.

Muitos judeus de hoje são árabes convertidos tal como alguns talibãs são descendentes de judeus islamizados. A xenofobia é uma demência religiosa que tem menos a ver com questões étnicas do que a etnia tem a ver com circunstâncias políticas, administrativas e linguísticas que as moldaram.

Poucas mentiras são tão estimadas como as que se transmitiram, de geração em geração, através da fanatização religiosa. A democracia e a liberdade têm sido as grandes vítimas da religião.

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