Demografia, fé e sobrevivência

Segundo as previsões, o planeta terá 7 mil milhões de habitantes dentro de dois meses e a população não deixará de aumentar nas próximas décadas. A Terra, cada vez mais degradada pela poluição e pelo esgotamento de recursos, encaminha-se para disputas violentas pela posse da água e de alimentos, bens já escassos para a população actual.

O centro de gravidade político e económico está a deslocar-se para os países asiáticos com o declínio do império americano e a progressiva irrelevância da Europa, dilacerada por nacionalismos que se exacerbam em períodos de crise.

As religiões, com a sua vocação totalitária, ávidas de converterem a humanidade ao seu deus, fomentam a propagação da espécie humana e encaram o planeamento familiar e a contracepção como abominações, agravando a tragédia planetária e antecipando conflitos bélicos provocados pela fome e pelas rivalidades religiosas.

A ausência de uma autoridade mundial com força e moral para impor maior igualdade na distribuição dos recursos mundiais e a melhoria acelerada dos cuidados de saúde e de educação, deixa largo campo de manobra às religiões para se apropriarem das consciências a troco da caridade com que são hábeis a substituir a justiça social. É por isso que consideram pecado qualquer tentativa de redução das taxas de fecundidade além de saberem que a fome e a ignorância são o húmus onde medra a fé.

A energia a preços acessíveis está condenada e os cereais, essenciais para a alimentação, correm o risco de acompanharem a escalada dos preços do petróleo para se converterem em combustíveis.

O futuro do planeta não é risonho e o proselitismo religioso torna-se um acelerador das tragédias que se avizinham com os Estados a abdicarem da laicidade e a consentirem que as multinacionais da fé fomentem a rivalidade e o ódio.

A demografia e a fé são armas de destruição maciça.

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DIÁLOGO entre JEOVÁ e LÚCIFER

Jeová a Lúcifer,em diálogo fervente
desabafa:-Vou enviar outro Dilúvio/
O Mundo que criei,é muito indecente
-Apoiado!diz Lúcifer com infernal
eflúvio.

Mas Lúcifer que é mais empreendedor
diz:-Tu podes delegar essa tua vingança/no Tio Sam,que é do Mundo,
o Senhor/ou no Sionismo que é da tua confiança.

-Talvez tenhas mesmo muita razão/
pois quem segue a Lei,são os sionistas/que como os ianques que são Globalistas/podem instalar na Terra,a jeóvica civilização.

O Lúcifer,à socapa sorrindo controverso/diz:-O bicho-homem que por ti foi criado/está com ideia de se instalar na Lua/e se tu te descuidas,êle põe-te na rua.
O Homem quer ser Senhor do Universo.

-Bem,as Tábuas da Lei que dei a Moisés/êle também não respeitou a obrigação/pois partiu-as e até as calcou aos pés/embora manifestasse depois contrição.

Diz Lúcifer:-A palestina,Terra da Promissão/como tu segredaste ao Moisés Condutor/está a ser palco de tragédias e terror/entre dois Povos descendentes de Abraão.

-Daí a razão de eu querer alagar a Terra/arrependido que estou da sua Criação/-Mas tu não te rales,pois a próxima guerra/será talvez de completa destruição.

-Mas então e o meu Povo escolhido?!
-Não te preocupes com êsse pormenor
pois o Tio Sam que é o Capitão-Mor/
tem tudo planeado no exacto
sentido.

Enviar um Dilúvio,não vale a pena/
pois a Humanidade em sua loucura/
vai cavando a sua própria sepultura/com guerras ferozes e vida obscena.

-Mas tu até pareces dar-me o apoio/
-Eu conheço,do Mundo,a humana pulhice/e do bicho-homem,a humana maldade/e nós implicados na bíblica intrujice/que traz enganada a Humanidade/não conseguímos separar o trigo do joio.
Um abraço, caro Cravinho.

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