Molécula e bactéria

Diz-me a experiência pessoal que há bactérias que não são recomendáveis. Talvez baseadas na sua antiga linhagem, por serem dos mais remotos seres vivos, algumas tornam-se agressivas e agarram-se a um cidadão como gato a bofes.

Uma das mais sinistras é a pseudomona multirresistente que gosta de se domiciliar nos hospitais e é capaz de interromper o ciclo biológico do paciente internado. E não há forma de a exterminar. É ela que extermina os que selecciona entre os mais debilitados.

Segundo os crentes todos os seres vivos são obra de deus mas, se este os ouve, é altura de lhe pedirem para estar quieto.

Se bem me recordo, uma molécula é uma entidade electricamente neutra que possui pelo menos dois átomos. E não sei quantos possui a maldita pseudomona. De resto, dos próprios átomos, só me recordo da saborosa definição de um sargento que em 1960 dava aulas na escola de enfermagem militar onde se encartavam como enfermeiros os futuros furriéis que na guerra colonial demoravam a acertar com as agulhas nas veias dos soldados.

Aqui fica a lapidar definição de «molécula» pelo erudito sargento: «Suponhemos que agarremos um aniceto  e que o esmigalhemos entre os dedos. O mais pequeno rasquício de matéria viva com que tópemos é uma molécula».

Comentários

Pedro Aniceto disse…
Tinha que se esmigalhar um Aniceto no processo? Tinha mesmo?

Folgo em sabê-lo de volta. Também já tive a minha dose dessa cabra da Aeruginosa e esmigalhei-a. Abraco
Pedro Aniceto:

Obrigado pelo humor e pela solidariedade.
Manel disse…
Que bom voltar a ler as suas linhas.
Abraço
manel
AR disse…
É bom tê-lo de volta e inteirinho.
Abraço fraterno
Américo Rocha
AR:

Inteirinho mas sem uma arroba, com músculos atrofiados e sem a vesícula biliar, além da massa óssea perdida.

Obrigado pelo seu regozijo.
O pretoguês dêste Sargento faz-me lembrar o de dois algarvios que vinham de combóio de Lisboa aonde tinha ido ver o Jardim Zoológico.E aqui.ao verem uma avestruz,disse um dêles:Ó mane Zé,mas que raio de galinha aquela tã grande!Ao que o outro respondeu:-Antão nã vês que é um pirum! E depois no combóio para o Algarve,ao verem no campo o cadáver muito inchado de um burro, um dêles disse:-Ó mane Zé,vê lá o que nós semos e no que nós nos tornemos,que despôs de mortes, impanzenemos.

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