Eleições alemãs: O amansar da fera…

A estratégia de defesa do euro, no decurso da actual crise, tem sido dominada pelas concepções financeiras, económicas e políticas da chanceler alemã Angela Merkel.

A líder da União Democrata-Cristã [CDU] tem desenvolvido uma política conservadora que tem influenciado toda a Europa. No decurso das eleições regionais alemães, hoje, sofreu o primeiro grande revés. Na Cidade-Estado de Hamburgo, terra donde é natural, o candidato da CDU, Christoph Ahlhaus, obteve 20.5% dos votos, sofrendo uma inequívoca derrota para o social-democrata Olaf Scholz [49.5% dos votos]. euronews

Este foi o primeiro dos 7 actos eleitorais dos “Landers” e, era considerado pelos analistas importante, para a sobrevivência política de Merkel, à frente dos destinos da Alemanha.

Em Março, realizam-se as eleições em Baden-Wuerttemberg onde – segundo as projecções - a CDU corre novamente o risco de ser derrotada.

Começa, assim, um novo ciclo político que é caracterizado pelo empalidecimento da sustentabilidade de Angela Merckel à frente do Governo Alemão. O que não significa a derrota da CDU, em próximas eleições federais.

Apesar de serem eleições regionais, estas influenciam a política federal, i. e., a política externa germânica e a política fiscal já que a mesma tem de ser aprovada pelo Bundesrat [o Conselho Federal], onde, a partir destas eleições de Hamburgo, a CDU tornou-se minoritária. Todavia, apesar destas vitórias regionais, a nível federal, o Partido Social-Democrata [SPD] na Oposição, continua a apresentar uma imagem de fraqueza, captando pouco acima dos 20% nas intenções de voto do eleitorado.

No entanto, as alterações da relação de forças no Bundesrat podem, dentro do pragmatismo político alemão, ter uma tradução na política financeira da UE.
A ver vamos.

Comentários

Anónimo disse…
isto está perigoso, mesmo para esta euro fera...

são muitos tabuleiros de muitos interesses

e nem todos mui legitimos polticamente...

que dirá nosso merceeiro, e seu adjunto, chefe da campanha presidencial de Kavacu, deste recessão merkeliana?

de hoje em diante,

alem de nunca mais comprar nada naquela mercearia,

não dispenso ouvir tal oraculo sobre estes magnos aconteciemntos europeus e nacionais...
sinceramente insultar o nosso césar com tal apelido kavacu

é por estas e por outras que os alemães de esquerda e direita não confiam em nós não temos respeitinho

as eleições apenas vão debilitar uma posição que até agora tinha sido a de tentar um consenso entre posições muito divergentes

Provavelmente só vai piorar

E tirando os chineses e o Japão poucos estados têm capacidade económica para auxiliar a europa

e os poucos que a têm também terão problemas internos dentro em breve

a recessão encapotada é mundial
expansões eternas são impossíveis
Desde que o judeu Jesus lendário/
foi no Cristo grego transformado/
e depois Rei dos Reis coroado/
o Cristianismo virou reaccionário.

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