Um obsceno mutismo...

Aníbal Cavaco Silva continua igual a si mesmo. Neste momento, reedita a mesma rábula que já nos “ofereceu” nas eleições legislativas de 1991. Na altura, era [re]candidato a mais um mandato governamental. Obstaculizou todo o tipo de debates por considerar que, se os fizesse, estaria a “promover” os outros concorrentes. Foi uma vergonhosa fuga ao diálogo [democrático]. Resultou! O eleitorado complacente, desta vez, ainda, não o puniu. Só 4 anos mais tarde, enrolado no seu inefável "tabu", não só o homem, mas todos os arremedos "cavaquistas", receberiam uma inequívoca rejeição dos portugueses...

Os tempos são outros. Os monólogos vicentinos, impregnados de sátira e crítica social, já não são protagonizados na corte por ilustrados artistas. Primeiro, por não termos corte, depois, porque o “artista” não será um emérito representador [apresentador] ...

Os eleitores terão – neste particular momento de crise – outro tipo de exigências. Em 2011, Cavaco Silva volta a [re]editar a "peça" de há 19 anos, com os mesmos adereços. Perante propostas de um calendário de debates refugia-se em evasivas. Agarra-se ao formalismo da entrega oficial dos documentos de candidatura...

Prolonga, artificialmente, uma intacta [e falsa] longevidade seu mandato com se nada estivesse para acontecer. Virá a público - pour épater les bourgeois - falar de equidade e pedir tempo para avaliações sérias...
Só aceitará os debates nas vésperas da eleição. Quando já não forem exequíveis por impossibilidade temporal.
E, até lá, não come pão-de-ló...

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