Pedro Passos Coelho


O PSD cumpriu ontem mais uma etapa de um ritual – normalmente sem consequências políticas - que nos vem brindando há alguns anos.

O PSD tem um novo presidente – Pedro Passos Coelho.
Resta saber se, ontem, nas eleições directas, consagrou uma liderança credível, capaz e duradoura. Uma coisa é ser eleito, outra será tornar-se num líder.

O País vive uma fase difícil e complexa da sua história contemporânea.
O País espera e necessita de uma Oposição lúcida, realista e idónea, que contribua para uma mais eficiente governação.
O País está cansado de “jogos de poder”.
O País precisa de condições políticas internas para desenvolver-se e vencer uma profunda crise financeira, económica e social.
O País anseia por viver em segurança e com estabilidade.

Estes são alguns dos reptos que Pedro Passos Coelho tem pela frente. Ontem, submeteu-se ao escrutínio partidário. No futuro, terá de submeter-se ao escrutínio das portuguesas e dos portugueses.

De resto, o novo dirigente do PSD, não vai auferir de qualquer herança política que, no futuro, possa utilizar como referência.
Herda um partido que, nos últimos 15 anos, esteve largo tempo afastado do Poder e, nesse intervalo, só se “desvalorizou” enquanto alternativa democrática.
A eleição de Pedro Passos Coelho é, acima de tudo, uma ruptura com o passado recente do PSD. Mais concretamente com a sombra tutelar do “cavaquismo”.

Interessa saber se o novo dirigente partidário desfrutará de condições internas e possui a determinação necessária para construir, desenvolver novas políticas.
Hoje será o primeiro dia de uma nova caminhada cuja meta é, para muitos portugueses, uma incógnita.

Pedro Passos Coelho convenceu os militantes do PSD.
Agora tem pela frente uma tarefa mais melindrosa e complicada: convencer o País!

Comentários

Diabo de Saias disse…
Caro é: porreiro pá. Cá temos o Homem, que vai consumar a rutura com a Cavaquismo, depois deste ter tentado anulá-lo.
Político desenvolto, decidido, demasiado parecido com o actual primeiro-ministro, habituado a crescer contra a corrente - só há modos de crescer, de mãos dadas com o poder ou contra ele.

Temos finalmente gente no PSD para tratar de política e a última hipótese de salvação deste partido que se arriscava a desaparecer.
Esperemos que se deixe de discutir a licenciatura do PM e se discuta política. Esperemos também que tampone Portas e o seu crescimento por falta de alternativa.
andrepereira disse…
FOI ENTERRADA A MAIS DESGRAÇADA DIRECÇAO NACIONAL DO PSD, QUE TRANSFORMOU A POLÍTICA NUM JOGO SUJO DE INSULTOS E DE AMESQUINHAMENTO DOS ADVERSÁRIOS. Que o PSD melhore e que o PS melhore muito mais.

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