CASAMENTOS “GAY”: O Alcácer-Quibir do Presidente Cavaco...

À medida que o seu mandato se aproxima do fim o Presidente da República distancia-se da sua obrigatória posição de equidade e independência, em relação aos outros poderes.

A sua pública reserva sobre a “oportunidade” da proposta de Lei sobre os casamentos homossexuais é, como foi sublinhado pelo PS, uma intolerável intromissão na agenda política do Governo.

Mais tarde, surgirá a sua posição sobre o que for decidido na Assembleia da República. Posição que, precipitadamente (e antecipadamente), o PR não teve a clarividência, nem a prudência, de salvaguardar a necessária reserva.
O chamamento ideológico não lhe permitiu conter-se!

Não será difícil prever qual vai ser o seu papel, no futuro, sobre esta proposta legislativa.

Continuará a alinhar a sua posição pelos partidos do Centro e da Direita, revelando que não tem cultura democrática suficiente para libertar-se das amarras históricas que moldam o seu pensamento político.

Foi necessário a eleição de um Presidente oriundo da Direita para conhecermos a imagem de uma concepção enviesada do exercício do cargo presidencial.
Os portugueses não esquecerão mais este atropelo presidencial… à separação dos poderes quer no que diz respeito à salvaguarda de uma estável e transparente convivência inter-institucional.