Escutas em Belém - Prós e Contras

Depois desta noite fiquei com a convicção de que Fernando Lima, assessor principal do Presidente da República, invocando o seu nome, encomendou a José Manuel Fernandes uma notícia que afirmasse que a PR temia estar a ser escutada por ordem do Governo.

Sendo falsas as escutas, como o próprio PR reconheceu, e não se vendo o que têm os e-mails do Público a ver com a segurança dos e-mails da PR, fiquei com a convicção de que o objectivo era prejudicar o primeiro-ministro e o PS para beneficiar o PSD e Manuela Ferreira Leite.

O silêncio do PR, após a primeira notícia do Público, é incompreensível e o facto de Fernando Lima se manter em Belém presta-se a suspeitas incompatíveis com a honra e o respeito devidos ao PR.

Numa democracia é dever de cidadania exigir ao mais alto magistrado da Nação que, de uma vez por todas, esclareça os portugueses e assuma o peso das perturbações causadas a dois actos eleitorais.

A ética republicana não vive de silêncios nem se conforma com omissões.

Quem insinua, sem provas, que está a ser escutado arrisca-se a que ninguém o escute mais.

Comentários

Na peripécia das vigilâncias, montada pela Presidência e ontem analisada, José Manuel Fernandes jornalista foi um canalha. O que só surpreende quem é novato, ou já esqueceu lides antigas e duras.
Henrique Monteiro é da mesma estirpe, baralhando a compreensão das coisas, lançando fumaradas, oferecendo cumplicidades.
Escumalha que agita falsas bandeiras éticas e deontológicas.
Uns pulhas.
Mas foi possível destrinçar muita coisa.
andrepereira disse…
Bem esteve Jaime Gama, no Gato Fedorento: "se estivesse em Belém quereria mais escutas para tentar ser ouvido e compreendido..."

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