Demissão de Fernando Lima

O silêncio sepulcral de Cavaco é mais demolidor para a democracia do que a gritaria histérica de Paulo Rangel.

Afinal havia uma tentativa de asfixia democrática. Estava em curso um golpe de Estado constitucional através da intriga.

Não se discute a origem partidária, está em causa a ética republicana. Profundamente abalada.

Comentários

Para quem tem memória curta:

A teoria da asfixia democrática foi trazida à praça pública, em todo o seu esplendor, em Agosto, à boleia deste caso.

Portugal tem de ter consciência que acabou hoje a teoria da asfixia democrática.

Sem o caso das escutas o slogan do medo do PSD nunca existiria com o relevo que alguns lhe deram...

Foi assumido hoje, pelo PR que foi um assessor seu que INVENTOU este clima.
Foi admitido pelo Provedor do Público que foi o Jornal a vasculhar os computadores e que nunca houve indícios de forças de segurança terem invadido os sistemas informáticos do Público.

O argumento do PSD caiu por terra...
E ficou exposto, em toda a sua crua nudeza, o seu vazio de ideias e de postura democrática.

Que se cale quem pede para não ter medo... que ainda se descobre que foi outro assessor que urdiu o despedimento da MMG.

Que se cale o PSD e se remeta ao vergonhoso silêncio de quem só espera que as pedras que atirou não lhe parta os seus telhados de vidro.
e-pá! disse…
A demissão de Fernando Lima, assessor do PR, é, per si, um facto.

Mas os factos registam-se, deles toma-mos nota.

Os factos, são meros acontecimentos datados que, não falam, não clarificam, nem substituem as devidas explicações que os portugueses legitimamente esperam.

Para além do mais "esse facto" estará inserido em diversos contextos. Todos graves.

Só que, paralelamente, há um "outro facto" que não pode ser aceite.
Atirar para cima de um homem da Imprensa, experimentado, toda a responsabilidade, para que os "outros" intervenientes sejam ilibados.

Se o PR mantiver o tabu de se esconder agora, tal atitude não evitará que este caso vá rolando e crescendo como uma bola de neve em direcção ao abismo...
andrepereira disse…
Em nome da República, deveremos manter a dignidade. O Prof. tem que ser conduzido com delicadeza ao seu lugar adequado. Não sei se pode demorar ainda até 2011. Talvez ele consiga uma saída airosa: um atestado médico poderia resolver o problema.

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