Momento de poesia


Sem remetente...


A tua serena fragilidade
quebrada na transparência do teu corpo
ficou suspensa do meu afago...

Estilhaços de calor da dor contida
olhares doridos, cavados no desespero
dos destroços do meu naufrágio...

Eu estarei sempre ausente
em sonhos de navegar,
dobrando promontórios e cabos
para me acolher nas baías do mar revolto...

Mas estarei sempre presente,
sem remetente, em memórias
doridas de quem sente
o tempo a consumir-se de repente,
entre os desejos dos regressos anunciados...

Alexandre de Castro

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides