Ordem dos Médicos - A corporação acordou

Novo código deontológico permite que assistam 'barrigas de aluguer', mesmo que a maternidade de substituição seja prática vedada por lei. Aprovado na sexta-feira, o código deixa de condenar o aborto e dá mais voz aos doentes terminais que não querem viver a todo o custo.
Comentário: Finalmente a OM reconheceu o anacronismo do código por que se regia.

Comentários

e-pá! disse…
As alterações do Código Deontológico da OM, nascem, da incongruência do texto, com a lei da IVG em vigor.
Arranjou-se uma solução que de certo modo tenta "salvar a face do Bastonário", deixando a IVG de ser considerada "falta deontológica grave". Entretanto, a Ordem sentiu a necessidade de afirmar que continua a defender o "respeito pela vida humana desde o início", uma afirmação pleonástica, como se fosse possível o contrário.
Entretanto aproveitou-se a oportunidade para introduzir o problema das "barrigas de aluguer".
Não trouxe qualquer abertura significativa - defendeu-se - acerca da eutanásia, problema complicadíssimo com que os médicos vão ser, mais dia menos dia, confrontados. Apenas aflorou a questão. Não adiantou substância sobre o dever médico.

De saudar o reconhecimento implicíto de que, em cada momento (é certo que as leis podem mudar), o Código Deontológico deve estar em sintonia com as Leis da República.

Hoje, Vital Moreira, publica no Diário Económico link, um extenso artigo sobre as Ordens profissionais.
Faz a apologia da necessidade e da oportunidade da sua revisão e, na passada mostra uma íntima familiaridade com o novo diploma.
Em tempo, saberemos...como nasceu.

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