O «saber» também?

O papa Bento 16 condenou neste sábado os ídolos contemporâneos, incluindo a ânsia por dinheiro, poder e saber, durante uma missa diante de 260 mil pessoas, no segundo dia de sua visita à França.

Comentários

No entender do Papa, o dinheiro, o poder e o saber deviam ser privilégio da sua Igreja. Sobretudo o saber: o mal das sociedades modernas foi terem ensinado os leigos a ler e a escrever, e a pensar pelas suas cabeças!
e-pá! disse…
Este Papa tem deslizes permanentes e por vezes dificuldades de localização no espaço e no tempo. São indicios que não podem, a todo o momento, ser exibidos em público.

Na missa realizada em Paris, Bento XVI, lança-se na condenação dos ídolos contemorâneos mas quando quer travar não consegue logo e, ainda, tem tempo de invectivar o Saber.

Num ápice passou dos tempos contemporâneos para a Idade Média.

De súbito sentiu-se entre os seus cardeias, na Cúria, a espezinhar Galileu, que desafiava o monopólio do Saber, reinvindicado durante séculos, em exclusividade, por uma Igreja dogmática e teocentrista.

Ainda conseguiu não se esbarrar estrondosamente, porque podemos prever que de enfiada, no desfiar da cantilena, vinha o controlo universal da Educação....
Aí, caíu em si e travou a tempo. Deve ter-se lembrado que estava em terras gaulesas onde prepotências e faltas de sensibilidade custaram a cabeça a reis. Ou, então, lembrou-se da coroação de Napoleão como Imperador e a histórica humilhação do seu antecessor Pio VII...

As gaffes sucedem-se, frequentemente, desde Ratisbona...,
ou é o subconsciente colectivo da ICAR retratado neste Papa retrógado que ainda sonha com uma Igreja exercendo um poder temporal universal?
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Será melhor deixar-se as filosofias e devaneios e deslocar-se uns dias para Lourdes, a fim de tratar de questões relacionadas com manter acesas as peregrinações e garantir o vil metal...

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