Excessos beatos do Presidente da República

Na troca de presentes entre Cavaco e Silva e Bento XVI, o chefe de Estado português ofereceu uma reprodução da Bula papal que reconheceu a independência de Portugal, passada pelo papa Alexandre III, em 1179.

Segundo o Público, de hoje, pág. 2, «Aníbal e Maria Cavaco Silva explicaram ao Papa que aquela Bula – que reconheceu a independência de Portugal e D. Afonso Henriques como rei – é ‘o documento mais importante da Nação’».

A Constituição da República será o segundo documento mais importante?

Comentários

Anónimo disse…
That gentil casal

deduzo que em férias pagas pelo pais

apresentou-se, no vatican, como catolico

coisa q não consta seja dos atributos exigidos para o exercicio da chefia do estado

e a gentil dama prrimeira

essa permitiu-se ainda pedir bençãos especisas de sua santidade

para Portugal - a que título? -

e para sua dela - familia -,

mas que teremos nós a ver com isso, ao ponto de ser anunciado?

Eu pensava que bençãos, especiais ou não, só as de deus,

nunca as do seu chefe de gabinete

mas de qualquer modo

a que titulo Sexa, Ela, se arroga essa postura, se em visita de Estado?

Há algo vai mal no entendimento do exercicio das funç~ºoes de PR em Portugal...
Camarelli disse…
CE:

Escaparam-te as declarações do PR sobre Timor?

Isto é cá uma raça de presidente de República...
Camarelli disse…
ler aqui:

http://dn.sapo.pt/2008/06/29/nacional/cavaco_disse_papa_em_timor_bispos_ma.html
lídia disse…
O que mais me admira é ainda a capacidade de me admirar com este casal..
Como se enfermassem os dois de um complexo de inferioridade pelo país e pelo povo de onde vêm e que é a razão do cargo dele.
Ir ao Vaticano, como a outro qualquer Estado, parece-me ser (só “parece-me”!) uma das prerrogativas do Chefe de Estado e a escolha ao seu critério, na medida da percepção e correspondente gestão da coisa pública, tendo em vista a representação e o interesse do País.
Sobre a visita ao Vaticano e o encontro com o respectivo chefe de estado, mesmo discordando pessoalmente da importância e da oportunidade, ainda assim poderia entendê-la. Mas só nessa perspectiva e tendo em conta a identificação (diz-se) de larga maioria de crentes que consideram este chefe de estado como seu líder espiritual!
O que aqui estará em causa, não será tanto a viagem, como as razões para o entusiasmo, que, por exagerado e pessoal, e ainda pelo tipo de afirmações proferidas, acabam por conferir a uma visita oficial o ar de uma peregrinação e/ou, simultaneamente, “uma agradável e informal viagem para casal em férias”. E nós pagando...
Será que algum dia alguém poderá fazer Cavaco entender que, enquanto cidadão e crente, ajoelhar-se e pedir bênçãos é perfeitamente legítimo todas as vezes quiser, mas que, na condição de representante de Portugal, não precisa - nem deve - recorrer, à invocação da cruz e da sua expansão, para cativar a atenção ou o respeito de alguém?! Nem tudo o que foi feito, desde então e até aos nossos dias em nome dessa cruz e dessa religião, pode ser hoje razão do nosso orgulho, mas mesmo assim ainda restam na nossa História e no papel que desempenhámos no romper de horizontes e no alargar de conhecimento para o mundo, motivos de merecido respeito e justificado orgulho!
A Cavaco Silva, já o vi arrogante e sem dúvidas, e não gostei; agora, sobejando-lhe as dúvidas e faltando-lhe o orgulho, ainda me agrada menos. E menos ainda quando se refere (em tom laudatório, presumo - ou não faria sentido no contexto) à prevalência do poder da igreja sobre o estado em Timor. Pode ser, é bem possível - e reservo-me o silêncio e a opnião para o que algumas vezes tem resultado dessa influência - mas não é problema que nos diga respeito.
Não foi elegante, como não é próprio de um Presidente da República de um estado democrático e laico defendê-lo!
Maria, deslumbrada, está a comportar-se em conformidade…

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