O Islão é reformável?

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Gostaria de acreditar que uma religião fosse capaz de prescindir das iniquidades que constituem o seu pecado original, que os dignitários que alimentam a fé dos crentes se decidissem, eles próprios, a combater a barbárie e que os beneficiários das superstições as denunciassem em nome dos valores da modernidade.

O que a história mostra é que foram sempre as forças laicas que destruíram as teocracias e estiveram na génese do progresso e do humanismo.

Se, ao arrepio da história e da crueldade mantida e aumentada através dos séculos, os clérigos da Turquia reformarem uma religião cuja perversidade encontrou nos talibãs os seus mais genuínos e devotados zeladores, estaremos perante uma auspiciosa excepção.

Até lá, manterei a dúvida e ninguém me peça para respeitar as crenças absurdas de quem quer que seja.

Mas gostava muito que a Turquia levasse a cabo a anunciada «reforma revolucionária e moderna do Islão». A religião não passaria a ser mais verdadeira, mas tornar-se-ia mais suportável. Averroes e Avicena teriam a sua vitória póstuma.

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