Momento de poesia

Fotografia: Gella (Ekaterine Aleksandrava)
GOSTO DE TE VER ASSIM VESTIDA

Gosto de te ver assim
vestida
com a túnica e o manto
a envolver-te o corpo todo.
Assim te vejo, sempre
que te recordo nas ausências,
quando me apetece despir-te
lentamente
recolhendo as dobras e as pregas
desapertando o alfinete de prata
deixando cair tudo a teus pés
e ver o esplendor
da tua nítida nudez…

Alexandre de Castro - Lisboa, Dezembro de 2006

Comentários

Anónimo disse…
era este o Poema que o Alberto João Jardim dedicava noutros tempos ao Esperancinha
Anónimo disse…
O autor do poema repudia veementemente a aleivosia expressa no primeiro comentário,por um anónimo, e dirigida ao editor do blogue, Carlos Esperança.
As torpes insinuações e os grosseiros insultos não podem ter cabimento neste espaço.
Aurea disse…
Certamente que o autor anonimo que teima em nao assumir a sua identidade desconhece o que é o Amor! Mas é pena...seria menos amargo. Quanto ao poema parabens mais uma vez ao autor pela sensibilidade que transmite ao falar da Mulher.
Anónimo disse…
Eu por mim, se fosse o autor da coisa, fazia assim:
cabeça ligeiramente levantada;
o peito um pouco mais subido;
os braços até nem faziam falta, uma vez que se perderam;
e o véu assim a descair nas ancas...
era a Vénus de Milo original!
Anónimo disse…
Alexandre de Castro:

Obrigado pela solidariedade mas é pelos frutos que se conhecem as árvores.

Os homens da nossa idade e formação sabem do que a PIDE era capaz e resistimos.

Deixemos que os filhos da PIDE tenham a liberdade que nos roubaram.

Quanto ao poema, é um privilégio ter tido a oportunidade de publicá-lo.
Anónimo disse…
agora o esperanca virou debochado.
Manel disse…
Também gosto de t ever assim vestida
Graza disse…
Eu diria antes: "Deixemos que os filhos da Puta tenham a liberdade que nos roubaram."

O critério editorial é do autor do blog, mas considero que o anonimato não merece respeito algum especialmente quando se acoberta do estatuto para ofender. A falta de coragem não deve merecer o respeito atribuida a quem se identifica, pelo que não entendo a persistência em manter comentários com ofensas pessoais. Há limites do nosso respeito para com a liberdade.
Anónimo disse…
Sabe que as putas também são mulheres...
Anónimo disse…
E disse bem, este anónimo: "as putas também são mulheres". E, como tal, devem ser respeitadas. Convido-o a ler o meu poema "Prostituta", publicado neste espaço em 14 de Agosto, para se perceber a crua realidade que essas mulheres arrastam na sua vida.

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