Iraque: Responsável de Abu Ghraib afirma que Rumsfeld autorizou torturas

Madrid, 25 Nov (Lusa) - O ex-general Janis Karpinski, responsável pela prisão iraquiana de Abu Ghraib entre Julho e Novembro de 2003, afirma que o anti go secretário de Estado de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, autorizou as torturas no Iraque.

Adenda - Diário de Notícias de 26-11-2006. Uma vergonha e um crime miserável.

Comentários

Anónimo disse…
Texto completo (para asssinantes):

Última actualização: 25-11-2006 15:43

Arquivo SIC

As imagens das torturas mancharam a imagem da administração Bush


"Rumsfeld autorizou torturas" no Iraque

Ex-responsável de Abu Ghraib acusa o antigo secretário de Estado de Defesa norte-americano





O ex-general Janis Karpinski, responsável pela prisão iraquiana de Abu Ghraib entre Julho e Novembro de 2003, afirma que o antigo secretário de Estado de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, autorizou as torturas no Iraque.


As imagens das agressões a presos em Abu Ghraib deram a volta ao mundo e mancharam fortemente a imagem da administração do presidente George W. Bush.

Karpinski, que foi o único militar norte-americano de alta patente punido por esses casos de tortura, deixou o exército em 2005 e ofereceu-se agora para testemunhar no processo contra Rumsfeld e 11 outras figuras políticas e militares dos Estados Unidos no Supremo Tribunal alemão.

Numa entrevista publicada hoje pelo jornal espanhol El País, o ex-general aponta o chefe do Pentágono recentemente afastado como responsável último das torturas no Iraque e cita, neste sentido, um memorando assinado pessoalmente por Rumsfeld sobre tais "métodos de interrogatório".

"A assinatura manuscrita estava sobre o seu nome impresso" numa nota informativa sobre interrogatórios, refere Karpinski, acrescentando que tais métodos consistiam em obrigar os prisioneiros a estar de pé durante muito tempo, perturbar-lhes o sonho e os horários das refeições ou pôr a música em muito alto volume.

"Rumsfeld autorizava estas técnicas específicas", declara Karpinski, que decidiu contar o que sabe por considerar ter sido acusado de algo de que não foi responsável.

Segundo o general, os interrogatórios não eram da sua competência, mas sim da inteligência militar, que seguia instruções do general Ricardo Sanchez, comandante em chefe das tropas norte-americanas no Iraque.

As torturas em Abu Ghraib, refere Karpinski na entrevista, começaram após a visita ao Iraque em Setembro de 2005 do general Geoffrey Miller, comandante da prisão de Guantanamo, que ali foi "para ensinar aos membros da inteligência militar técnicas de interrogatório mais duras".

"Antes de partir, Miller disse-me que pretendia assumir o controlo de Abu Ghraib para o transformar num centro de interrogatórios para todo o Iraque, e foi o que fez", acrescentou.

"A partir de Guantanamo ele dava as ordens e conseguia que tudo funcionasse como queria", acrescenta o general.

Sobre a responsabilidade de George W. Bush no processo de torturas, Karpinski afirma desconhecer se ele estava ao corrente dessas práticas, mas defende que o presidente dos Estados Unidos deve "assumir as suas responsabilidades".

Com Lusa
Anónimo disse…
"TORTURAS..."

NA INQUISIÇÃO ERA ASSIM.

"Fui preso apesar de estar inocnete. Em cento e cinquenta presos da Inquisição, nem cinco são culpados.As provas de culpa fazem-se `a força das torturas que eles praticam, até em meninos com oito anos ou pouco mais. Estive preso peto da Casa do Tormento e pude ouvir o queixume dos atormentados. Por esta razão os presos confessam o que nunca tinham feito ou sequer sonhado e culpam por cúmplices quantas pessoas lhes vêm à cabeça apenas para se verem livres da tortura..."

SERÁ QUE CONTINUA O FADO? Mas o texto acima é de 1605. Afinal como é?...

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
Afinal há coisas que não mudam apesar da passagem do tempo.

E sabe quem é que em 1605 era a Inquisição? Pois é...

Fundamentalismos e outras coisas que tais sempre serviram ao poder venham de onde vierem, sobretudo quando estamos a falar de impérios universais como era o caso em 1605.

Só que nesse tempo eramos nós agora são eles (USA) e a URSS bem que gostaria de ser mas acabou-se.

É claro que isto não é tão simples, mas por agora, á falta de tempo para argumentar e também de pachorra, fico-me por aqui...
Anónimo disse…
Nota-se claramente, através de alguns comentários aqui colocados, que a civilização de hoje não está disponível e talvez nem preparada para resolver os grandes problemas da humanidade. Não colabora mas hostiliza, não tem tempo nem pachorra, falta-lhe a coragem de dizer,julga-se um ser superior, eu é que sei o resto são uns analfabetos, não pauta a sua frase pela harmonia mas tenta agredir ... com esta superioridade toda estamos bem f.....

Manuel de Brito/Porto
Mano 69 disse…
Não retirando importância à noticia eu gosto é do modo suave como Carlos Esperança com a fotografia faz as suas inferências... É o chamado dois, em um.
Anónimo disse…
Mano 69:

Todos sabemos da profunda amizade que unia os dois estadistas (confessada por um deles).
Anónimo disse…
"...URSS bem que gostaria de ser mas acabou-se."
O senhor Putin tem feito o seu trabalho. Tchechénia, envenenamento do Presidente da Ucrânia,assassinato de jornalista oposicionista, assassinato de ex-espião do KGB...
Anónimo disse…
Não confundir Rússia com ex-URSS se faz favor...
Mano 69 disse…
Tem razão a culpa é da amizade, mais vale ter conhecidos...

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