Escândalo «Casa Pia»


O tribunal da Relação de Lisboa decidiu pela não pronúncia de Pauo Pedroso, Herman José e Francisco Alves indiciados no processo Casa Pia.

O colectivo de juizes, que apreciou o recurso do Ministério Público, corroborou a decisão tomada pela juíza de instrução Ana Teixeira Silva, por insuficiência de provas.

Esta sentença transitará em julgado caso o Ministério Público ou outra parte no processo não recorram para o Tribunal Constitucional invocando questões de constitucionalidade
na decisão.

Se os réus não vierem a ser acusados ficará para a história o circo mediático à volta da deslocação de Herman José à PJ onde era acusado da prática de um crime numa data em que se encontrava no Brasil.

Quanto a Paulo Pedroso fica a mancha da prisão preventiva durante cinco meses e o aproveitamento partidário feito à custa de um dos mais emblemáticos e competentes ministros da Segurança Social.

Depois disto há que reflectir sobre o comportamento de Adelino Salvado, director-geral da PJ – imposto e mantido pela ministra Celeste Cardona – , que violou grosseiramente o segredo de justiça e pelo juiz que foi à Assembleia da República prender um deputado com uma câmara de televisão a acompanhá-lo.

Só a decisão do presidente evitou a ofensa da prisão na AR de um dos seus membros que foi voluntariamente entregar-se.

Comentários

Anónimo disse…
Lá porque o Supremo decide não os levar a julgamento não significa que não sejam culpados. Significa "só" que as provas reunidas não são concludentes. Mas, já agora: e também não será o caso dos que estão a ser julgados?...
Anónimo disse…
«Mas, já agora: e também não será o caso dos que estão a ser julgados?...»

Claro que pode ser. Depois de trânsito em julgado é que não podemos continuar a usar as suposições para destruir a honra de quem quer que seja.

Isto é válido para políticos ou quaisquer outros cidadãos.

Que elementos tenho eu para julgar se algum dos acusados, ou todos, são ou não culpado?
Anónimo disse…
a sabedoria popular construiu ao longo do tempo a máxima: "onde há fumo há fogo"
isto faz parte do chamado senso comum.
só que na justiça não basta a fumaça, para bem de todos.
Anónimo disse…
"onde há fumo há fogo"

Eis uma dedução digna da Inquisição. A suspeita sem provas é um acto pusilânime próprio de quem não respeita o Estado de Direito nem ama a democracia.

Compreende-se melhor, à luz desta mentalidade, a existência dos bufos e a longevidade da ditadura.

Não afirmo nem nego que um ou mais dos acusados possam ser criminosos. Mas quando apareceram os nomes de Ferro Rodrigues, Jorge Sampaio, Jaime Gama, Paulo Pedroso, para só falar de socialistas não tive dúvida de que uma monumental canalhice estava em curso.

Era o tempo de Portas/Cardona/Salvado.
Anónimo disse…
A presunção de inocência vale apenas para os tribunais.
Para o media é apenas uma "formalidade" típica dos juristas, qual burocracia.

A verdade judicial, a verdade jornalística e a verdade verdadeira nem sempre coincidem.
andrepereira disse…
"onde há fumo há fogo"

Eis uma dedução digna da Inquisição. A suspeita sem provas é um acto pusilânime próprio de quem não respeita o Estado de Direito nem ama a democracia.

Compreende-se melhor, à luz desta mentalidade, a existência dos bufos e a longevidade da ditadura.

Não afirmo nem nego que um ou mais dos acusados possam ser criminosos. Mas quando apareceram os nomes de Ferro Rodrigues, Jorge Sampaio, Jaime Gama, Paulo Pedroso, para só falar de socialistas não tive dúvida de que uma monumental canalhice estava em curso.

Era o tempo de Portas/Cardona/Salvado.
Anónimo disse…
O Portas tem alguma coisa a ver com o Pedroso?

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