Nova Orleães - cidade mártir


No delta do Mississipi, a cidade de Nova Orleães é a imagem do desespero, do caos e do horror. Centenas de milhares de pessoas sem tecto, sem água potável, sem alimentos, desesperam num cenário dantesco só imaginável no terceiro mundo.

As imagens de aflição chegam a cada momento dos tectos das casas destruídas, das janelas de habitações cercadas de água, do estádio onde se refugiaram milhares de desesperados.

Os EUA, o país mais poderoso do planeta, deu um exemplo de vulnerabilidade que estimula a solidariedade e envergonha o Governo. O povo americano, tão solidário com as vítimas das catástrofes que atingem o mundo, merece agora a nossa solidariedade.

Não são apenas os americanos que sofrem, sofremos todos com a tragédia cuja dimensão veio pôr a nu a inépcia e a incúria da administração Bush para enfrentar a catástrofe, limitar a dimensão do desastre e reduzir o número de vítimas.
É consensual que o aquecimento progressivo do planeta é responsável pela dimensão cada vez maiores das catástrofes naturais.

Face ao poder destruidor do furacão Katrina, em homenagem às vítimas que podiam ter sido evitadas, ao sofrimento e desolação de centenas de milhar de pessoas, é altura de os americanos, eles próprios, confrontarem o seu medíocre presidente pela não assinatura do protocolo de Quioto.

Os interesses das companhias de petróleo não podem hipotecar o futuro do Planeta.

Comentários

Anónimo disse…
A destruição do Katrina vem mostrar-nos que, afinal, todos os Estados, mesmo os mais poderosos, são vulneráveis à força da natureza. Há que olhar com mais atenção e respeitar o equilíbrio Homem-Natureza. Está visto que não é só slogan dos ambientalistas.
cãorafeiro disse…
o que mais impressiona é que são sempre os mais pobres quem mais sofre com estas situações. o que isto revela é que o mundo chegou a um estado tal que não é o facto de vivermos em paises ditos desenvolvidos que nos livra de tamanhas calamidades. precisamente, estas co«alamidades são elas próprias o fruto daquilo a que se convencionou chamar desenvolvimento e que eu prefiro chamar capitalismo-selvagem-em-que-os-mais-pobres-são-absolutamente-descartaveis-porque-só-dão-trabalho-e-chatice-a-menos-que-seja-possivel-ganhar-dinheiro-àconta-do-sofrimento-deles. é aliás o que vai acontecer à medida que o generoso povo americano (digo isto sem ironia) começar a «abrir os sues corações e as suas carteiras(bush dixit)»
Anónimo disse…
Surpreendeu-me a falta de resposta imediata do governo americano, tal como já me tinha surpreendido a vulnerabilidade da superpotência quando foram alvejadas as torres gémeas...

Dá q pensar...
Rosario Andrade disse…
Sim, como sempre quem sofre são os mais pobres e mais vulneráveis. Infelizmente, não acredito que a maioria da população americana tenha alguma vez ouvido falar no acordo de Quioto e na sua importãncia. Mais fácil sera convencê-los de que o furacao é uma vingança de deus por uma coisa qualquer...É por isso que os bushes continuam e continuarao a ser eleitos.
Abracicos!
Anónimo disse…
A América hem quem houvera de dizer!

Onde está a rrogância o poderio a superpotência!?

Eles não se convencem que a desgraça toca a todos e que não são Senhores de coisa nenhuma.

De um momento para o outro é o que se vê... Deviam aprender a lição da humildade!
Anónimo disse…
Será q aprenderam alguma coisa com esta catrástofe!??

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