Assim vai a vida política nacional…

Marcelo, talvez afónico ou em retiro espiritual para se penitenciar da loquacidade e do ativismo que atirou o País para o caos, há de assistir impotente à degradação que trouxe à vida política e ao regime. Por sua vez, o PM, pouco recomendável, revelou-se um jogador melhor que Marcelo, até à perda da credibilidade deste e da sua redução à insignificância institucional. Foi assim que Montenegro, acossado pela devassa à empresa de fachada onde recebia as pingues avenças destinadas à família, impediu Marcelo de procurar substituí-lo no PSD, partido que foi sempre seu e desgraçadamente levou ao poder com este PM na chefia. Montenegro, de cuja honorabilidade impede o escrutínio, honorabilidade que só existe nas declarações dos ministros que envia às televisões, resolveu antecipar-se e avançar para uma moção de confiança que sabe condenada ao fracasso antes de se submeter ao escrutínio e à sua substituição no partido e no governo. Há neste ato de audácia a vertigem suicida com que ar...