Mensagens

Assim vai a vida política nacional…

Imagem
Marcelo, talvez afónico ou em retiro espiritual para se penitenciar da loquacidade e do ativismo que atirou o País para o caos, há de assistir impotente à degradação que trouxe à vida política e ao regime. Por sua vez, o PM, pouco recomendável, revelou-se um jogador melhor que Marcelo, até à perda da credibilidade deste e da sua redução à insignificância institucional. Foi assim que Montenegro, acossado pela devassa à empresa de fachada onde recebia as pingues avenças destinadas à família, impediu Marcelo de procurar substituí-lo no PSD, partido que foi sempre seu e desgraçadamente levou ao poder com este PM na chefia. Montenegro, de cuja honorabilidade impede o escrutínio, honorabilidade que só existe nas declarações dos ministros que envia às televisões, resolveu antecipar-se e avançar para uma moção de confiança que sabe condenada ao fracasso antes de se submeter ao escrutínio e à sua substituição no partido e no governo. Há neste ato de audácia a vertigem suicida com que ar...

A FRASE

Imagem
  «Nós pensamos estar aqui mais uns anos, mas daqui a uma década haverão de estar aqui outros». (Luís Montenegro, ontem, em Coimbra). Momento de felicidade na traição à gramática.

Marcelo, Montenegro e a decadência ética do regime – #montenegronaomarcelonunca

Imagem
 Marcelo, Montenegro e a decadência ética do regime  Marcelo, na sua exuberância e narcisismo começou o primeiro mandato em Belém com a satisfação de quem votou nele somada à dos que viram na sua chegada, urdida durante os longos anos de comentador, o reverso de Cavaco.  Tal como tinha tecido a sua vitória eleitoral, paciente e sabiamente, depois dos desaires eleitorais no PSD e na Câmara de Lisboa, preparou a sua década de oiro: levar o PSD ao poder e sair de Belém com a popularidade de Mário Soares para tertúlias e palestras que o aguardariam graças à sua preparação intelectual, relações e carisma. Tudo lhe correu bem até que, na pressa, a ansiedade o turvou depois de várias patifarias políticas que a popularidade encobria. Passaram a correr-lhe mal os cenários que teceu. Furioso, parecia o Ventura a dar posse ao terceiro Governo de António Costa, depois da maioria absoluta, efeito secundário de uma dissolução escusada da AR. Veio depois o parágrafo saído da reunião com...

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Imagem
Nutro pelos dias do calendário, que a sociedade de consumo reverencia, saudável horror e desprezo visceral. No dia da mulher vacilo e soçobro. Evoco a mãe, as irmãs, a filha e as netas e esmoreço; lembro companheira e amiga e descoroçoo. Recordo as mulheres, vítimas de todas as épocas, e enterneço-me. Recordo a oração matinal do judeu, que convida os homens a bendizer Deus por tê-lo feito judeu e não escravo...nem mulher. Recordo a Tora que decidiu a inelegibilidade [da mulher] para funções administrativas e judiciárias e a incapacidade de administrar os próprios bens. Lembro a submissão que o islão impõe, a burka que lhe cobre o corpo e oprime a alma, a lapidação, as vergastadas e a excisão. Os machos são superiores às fêmeas, «porque Deus prefere os homens às mulheres (IV, 34)». A cultura judaico-cristã é misógina, submete e explora a mulher. Destina-lhe a cozinha e a procriação, a obediência e a servidão. É a herança que Abraão lhe deixou. Quando a mulher irrompeu com a fo...

Divagando 23

Imagem
 Divagando 23 #montenegronaomarcelonunca Ontem, em Bruxelas, reuniu a cimeira da paz para prosseguir a guerra na Ucrânia, agora sem Trump, que prefere a Rússia para enfrentar a China, o único rival à escala global. Pode enganar-se, mas a UE corre para a morte por não saber escolher os amigos. Trump é mau, mas não é idiota, e os dirigentes da UE, incapazes de se unirem, reúnem-se em retiros espirituais, com proclamações vazias, em estado de negação da derrota da Ucrânia.  E insistem em aceitar o messianismo de Macron e do RU, sem distinguirem a Nato da UE ou definirem a geometria da sua Europa. Aceitaram a guerra que os EUA desejavam para debilitar a Rússia e viram o RU sair da UE enquanto os EUA conseguiram os seus dois objetivos, debilitar a Rússia e dividir a UE. Os atuais dirigentes da UE apostam em sacrificar as gerações futuras com empréstimos que vão somar a outros e trocam as pensões e os apoios sociais pelo rearmamento, sem definirem quem são os inimigos e sem pergunta...

Do Diário da Diana – 13 anos – escola C+S da Musgueira (6 de março de 2025)

Imagem
Do Diário da Diana – 13 anos – escola C+S da Musgueira (6 de março de 2025) O meu pai anda desorientado com as decisões do Dr. Trump, de que tanto gosta, e da sua política externa, e também não sabe o que dizer do adorado André e do seu querido almirante das vacinas. A minha mãe anda feliz por prever para breve o fim da guerra na Ucrânia. Não gosta de mortes, de ucranianos ou russos, e não percebe o Costa, de quem gosta muito, e que foi para Bruxelas por causa daquele parágrafo maldoso escrito pela D. Lucília e, pensa a minha mãe, ditado pelo Marcelo. Ontem, dia de Carnaval, a minha mãe disse-me para ir brincar com os da minha idade e, na sua pitoresca linguagem, disse-me: Diana diverte-te que o Carnaval é curto e longa a Quaresma, e eu preferi estar com a minha mãe do que com miúdos da minha idade, que são imaturos e ainda me parecem crianças. O meu pai saiu cedo a dizer mal da Uber e dos imigrantes e lá foi com o táxi à procura de clientes. Aproveitei para falar com a mãe que...

No segundo mandato do PR

Imagem
Houve três crises evitáveis provocadas pelo PSD, as duas primeiras por Marcelo e a última por Montenegro. O problema é a honorabilidade do PM, que preferiu manter as avenças e transferir para os filhos todo o património, incluindo as propriedades rústicas herdadas, problema que contamina o CDS e o PPM que lhe permitiu fingir a vitória. Com a saída da Solverde da empresa Spinumviva, agora dos filhos, receosa de ver o seu nome posto em causa com tal ligação. Agora só falta saber se o Gonçalo da Câmara Pereira quer pôr a carreira de cantor em risco com a cumplicidade com a AD.    

Albertino de Almeida - Embaixador

Imagem
 Faleceu um Homem. Albertino de Almeida, primeiro embaixador de Portugal em Moçambique, partiu ontem. No Ministério dos Negócios Estrangeiros foi ignorado o falecimento do seu mais antigo Embaixador, o primeiro em Moçambique. A dimensão moral e intelectual de Albertino de Almeida não cabe no Palácio das Necessidades.  Não vale a pena falar da mesquinhez de quem não lhe perdoou a honradez e a coragem, nem da ignorância da história do 25 de Abril de quem agora dirige o MNE. Quando Melo Antunes convidou o magistrado judicial para Embaixador e lhe confiou a embaixada do país acabado de chegar a sua independência foi com espírito de serviço público que Albertino Almeida aceitou o cargo.  Foi amigo de Samora Machel e honrou o cargo de Embaixador. Não chegou a Maputo sem passado. Era o magistrado que arriscara a vida para levar a Justiça ao território da Diamang, a poderosa companhia de diamantes que no seu território exonerara o Direito e os direitos humanos sem respeito pelo E...

As eleições presidenciais

Imagem
O cidadão Gouveia e Melo publicou na edição do Expresso de 21 de fevereiro p.p. o seu manifesto de candidatura (mais do que anunciada) à presidência da República. Se é certo que a esta distância o tema interessa especialmente ao Governo para esconder as fragilidades, e agora o escândalo, a verdade é que não sairá da agenda mediática onde o almirante não será esquecido. Assim, não mais poderá ser ignorado o primeiro esboço do pensamento do candidato melhor colocado nas sondagens. As minhas reservas sobre o almirante não é por ser militar, muito pelo contrário, é pelo fundado receio de que seja militarista. Para já, além de banalidades, referiu algumas ideias suas, umas boas e outras originais, onde vi o que Marcelo Caetano disse na tese de doutoramento a Pedro Soares Martinez, “ideias boas que não são originais e ideias originais que não são boas”. Quanto a banalidades, quer produtividade, inovação, flexibilidade, reduzir a carga fiscal e tornar o Estado mais eficiente. Para quem não go...

Vital Moreira. Mais um contributo importante para centrar o debate político nacional

  terça-feira, 4 de março de 2025 O caso Montenegro (2): Desvio de atenções Publicado por  Vital Moreira Numa operação de desvio de atenções, o  Observador  de hoje dedica uma  longa peça à questão de saber se a Spinumviva incorreu no crime de "procuradoria ilícita" , por ter alegadamente exercido serviços exclusivos dos advogados.  Ora, além de essa questão me parecer irrelevante - visto que a consultoria deixou de ser (e bem!) reserva de advogado com o novo estatuto legal da OA -, ela tenta obnubilar as duas questões que importam desde o início, e em cujo esclarecimento tenho insistido ( AQUI ):  (i)  se, ao manter a SUA empresa pessoal (embora travestida de "sociedade familiar"), os SEUS clientes e as SUAS "avenças", Montenegro não infringiu a regra da exclusividade do cargo governativo; e  (ii) , no caso de tais "avenças" serem essencialmente fictícias, sem correspondência em serviços efetivos, sendo, portanto, pagamen...

Factos & documentos

Imagem
  Não é só um problema político, é um caso de polícia.

O governo de Montenegro e o pântano – #montenegronaomarcelonunca

Imagem
Trump gabou-se de poder matar alguém na 5.ª Avenida sem perder votos e Montenegro, miniatura autóctone, convenceu-se de que pode assaltar um Banco na Av. da Liberdade, sem que o eleitorado o puna. Quase onze meses depois de ser PM seguia a receber pingues avenças de empresas, sem a consciência o atormentar, mas, apanhado com a mão na massa, apressou-se a vender à Esposa a quota que continuava sua, na sua própria casa, com o seu número de telefone. Depois, conhecida a ligação a um cliente, sob suspeita de que, além de possível tráfico de influência, a empresa podia ter servido para transferência de honorários da advocacia e consequente fuga aos impostos, uma prática habitual nas profissões liberais, julgavam os comentadores que o PM extinguiria a empresa.  Após a dramática reunião do Conselho de Ministros no sábado, para que o PM decidisse o que fazer, esperaram os ministros mais de uma hora, não para serem ouvidos, apenas para coreografarem a comunicação ao País a acusar as oposiçõ...

A UE à deriva e o fim da guerra na Ucrânia

Imagem
Sou e continuarei fã incondicional da UE, ainda que quase tudo me contrarie na sua política internacional errática, mesmo quando a dirige a senhora Kaja Kallas, uma russófoba patológica, agora arredada das reuniões sobre o fim da guerra na Ucrânia. Defendo e continuarei a defender uma federação de Estados da UE, económica, social, militar e diplomaticamente integrados, sem complexos nacionalistas, na defesa da paz, do desenvolvimento sustentado e da democracia. A triste ironia desta guerra que os EUA e o seu instrumento militar (Nato) desejaram é a UE tê-la apoiado, desde o início, para lhe agradar, e o seu fim excluir a vítima, a própria Ucrânia, e a UE das negociações entre os EUA e a Rússia. Bastou mudar a visão geoestratégia da administração norte-americana e redefinir o seu inimigo principal, China, para se reconciliar com a Rússia e abandonar os seus antigos aliados. Enquanto Trump e Putin tratam dos despojos, assistimos hoje a um espetáculo dilacerante.  O RU foi o instrumen...

Aconteceu em 2 de março de 2001 no Afeganistão

Imagem
Há 24 anos, um país assolado pela miséria, minado pelo fanatismo, lacerado pela fome, proibiu às mulheres o acesso à educação e à saúde, e obrigou todos a observar rigorosos preceitos islâmicos e a renunciar aos mais elementares direitos humanos. Poderia ter acontecido em diversos locais do planeta, mas aconteceu num país com uma cultura antiquíssima cujo poder foi assaltado pelos tristemente célebres estudantes de teologia, vulgo talibãs, quando dois budas gigantes esculpidos em pedra nos séc. II e V foram destruídos com mísseis e espingardas automáticas para não serem adorados falsos ídolos que “insultam o islamismo”. Em todos os tempos e em várias religiões houve bárbaros que entenderam que os livros ou diziam o mesmo que o livro sagrado, e eram inúteis, ou diziam coisas diferentes, e eram prejudiciais.   A inteligência, a sensatez e a sensibilidade não são apanágio de uma só cultura, mas são contrárias à mais funesta de todas as misturas: a fé, a ignorância e o proselit...

Até às 20H00…

Imagem
Nenhum democrata aceita que o direito internacional seja postergado ou que as relações entre países se pautem pela submissão dos mais fracos aos desígnios dos mais fortes, mas, se a correlação de forças não favorece o direito, é leviandade insistir na força para chegar à derrota em vez de apostar na diplomacia para a evitar ou, no mínimo, atenuar. Nenhum democrata pode deslumbrar-se com Trump ou Putin, mas exige-se a quem decide que não se precipite a prometer o que não pode ou a dar o que não deve. Tenho sérias reservas à forma como a UE se submeteu aos interesses dos EUA e, pior, como apostou exclusivamente na vitória de Biden. E não subscrevo a narrativa com que se impediu a discussão da guerra na Ucrânia cujas consequências teremos de assumir. Digo sem a mínima ironia que os governos que foram solidários com Zelensky devem continuar a apoiá-lo se acreditarem na vitória sem a ajuda dos EUA. Caso contrário, é exaurirem os recursos financeiros para participarem na derrota conjunta. E ...

Reflexão

Imagem
Independentemente do que cada um pensa sobre as razões e interesses que prolongam a guerra na Ucrânia, assistimos hoje, em direto, à vergonhosa cena de extorsão do gangue de dois chantagistas, Presidente e vice-Presidente dos EUA, sobre a vítima, Zelensky. É desvanecedora a coerência e honrosa a solidariedade de governantes da UE para com a vítima, de acordo com o seu entendimento da ética e do direito internacional. Agora, espera-se que os honrados apoiantes da resistência ucraniana às exigências de Putin sejam coerentes e se apressem a mobilizar os seus países para o apoio militar em homens, material de guerra e dinheiro para enfrentarem sem os EUA a guerra com a Rússia.    

O descrédito de Montenegro

Imagem
Não é apenas a eventual desonestidade que destrói o PM é a vergonha de uma avença com menos de 1/3 da de Manuel Pinho.
Imagem
A MALDADE DO BAPTISMO - Q uem quer ser desbaptizado? Por Onofre Varela A Igreja Católica tem no ritual do baptismo a maior fonte para acrescentar a sua carteira de clientes. Estatisticamente cada cidadão baptizado é um católico em potência, mesmo aquele que depois de ter sido levado à pia baptismal nunca mais tenha posto um pé numa igreja, siga outro credo ou seja ateu. Prender um bebé recém-nascido a uma ideologia, devia constituir crime pela maldade que se faz à sua consciência, a qual, a partir daí, passará a ser formatada de acordo com uma fé. Tenho amigos que filiaram os filhos, recém-nascidos, no clube de futebol da sua devoção mesmo antes de os registarem como cidadãos nacionais! É uma crueldade que tais pais fazem às crianças, porque lhes encurralam o pensamento num redil à medida do pensamento dos progenitores, os quais são sempre pequenos; pequenos no espaço de acção e pequenos no pensamento. As crianças devem crescer sem amarras a ideologias e ensinadas numa cultura ...

Vital Moreira. Mais uma aula sobre Direito Constitucional

Imagem
  quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025 O que o Presidente não deve fazer (53): Os limites do Presidente-comentador Publicado por  Vital Moreira 1.  Segundo o  Diário de Notícias   de hoje, ontem, pouco depois de o Ministro da Defesa ter afirmado perante a comissão parlamentar respetiva que os EUA são aliados permanentes,  «independentemente do que a administração Trump disser ou fizer» , Marcelo Rebelo de Sousa veio declarar aos jornalistas que  «temos de perceber se a NATO é para levar a sério ou não, porque se a América tem reservas, na prática, em relação ao seu envolvimento na Ucrânia (...) ,  já se percebeu que está difícil de convencer os aliados,  ou antigos aliados  norte-americanos - nunca se percebe bem, com esta nova administração -, a participarem nesse esforço de segurança  [da Europa] ». Se é inaceitável em geral que o PR faça comentários públicos sobre a política de defesa, que é da exclusiva competência do Governo, ...

Divagando 22 #montenegronaomarcelonunca

A vinda de Emmanuel Macron a Portugal é uma bênção para este Governo, sob o fogo mediático, e para a absoluta incapacidade da ministra da Saúde para resolver quaisquer problemas da pasta. A visita de Estado do PR francês, quase ignorada em França, para além de escamotear a ofensa ao PM português, desprezado na sua reunião de segunda-feira sobre a Ucrânia, apaga o fracasso deste a entrar ontem por videoconferência, não podendo intervir. Claro que é importante para Portugal a visita de Macron, que, embora cada vez menos apoiado em França, representa ainda a voz da mais importante potência militar da UE, mas o que quer que se assine entre a França e Portugal não passará, por ora, de um mero caderno de intenções. Aliás, nesta incerteza sobre o futuro da Nato, enquanto os diretórios dos países da UE maquinam a transferência de recursos para a Defesa (leia-se guerra) sem ouvirem os eleitores nem definirem os inimigos e o montante, qualquer decisão será pura fantasia. Foi neste cenário que on...