À Eluana Englaro…


À Eluana Englaro…



Morreste hoje ao anoitecer

porque nós não queríamos

que vivesses morta ou moribunda

durante uma vida inteira

aqueles que te pediam

o martírio da tortura

não sabiam o que diziam

quando nos ameaçaram

com a culpa

e com a ira divina

eles ainda não entenderam

que as máquinas, os tubos

e as amarras contra a morte

são apenas uma fronteira

onde deixamos de sorrir

e tu já não sorrias

e também não precisavas

de pedir o passaporte.

Alexandre de Castro

Lisboa, 9 de Fevereiro de 2009

Comentários

BC disse…
Recebi este poema por email.
Não sei quem é a Eluana,mas precebo que já não se encontra no mundo dos vivos.
Mais uma estrelinha brilhará no céu logo à noite.

O MEU BLOG É, CASO QUEIRA VISITAR
bc-beblogtspotcom.blogspot.com(Sletras)
Abraço
Isabel

Também poetiso alguma coisa

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